Este espaço é desaconselhável a menores de 21 anos, porque a história de nossos políticos pode causar deficiência moral irreversível.
Este espaço se resume
, principalmente, à vida de quengas disfarçadas de homens públicos; oportunistas que se aproveitam de tudo e roubam sem
punição. Uma gente miúda com pose de autoridade respeitável, que
engana o povo e dele debocha; vende a consciência e o respeito por si próprios em troca de dinheiro sujo. A maioria só não vende o corpo porque este, além de apodrecido, tem mais de trinta anos... não de idade, mas de vida
pública.


OPINIÕES PESSOAIS

quarta-feira, 4 de junho de 2014

A ARTE DO SOCIALISMO

 
Paulo Briguet - 14 de abril de 2014
 
 
 
 
A literatura sempre foi um excelente método para denunciar ditaduras. Não poderia LEITURA ser diferente em relação à maior das tiranias já conhecidas pela humanidade: o socialismo.
 
Um bom começo para quem deseja conhecer as maravilhas do socialismo real é a leitura de “Arquipélago Gulag”, de Alexander Soljenítsin, Prêmio Nobel de 1970. Na monumental obra, o escritor russo fala sobre os campos de concentração do regime comunista com riqueza de detalhes. Soljenítsin confessa que escreveu o livro sem imaginar que alguém poderia lê-lo um dia. Particularmente estarrecedoras são as páginas em que ele descreve os métodos de tortura empregados pela polícia soviética. É coisa de deixar qualquer facínora como o delegado Fleury se sentindo um escoteiro.
 
Sobre as origens da mentalidade revolucionária contemporânea, recomendo a leitura de “Os Demônios”, de Dostoiévski. O romance é inspirado em um fato real ocorrido na Rússia czarista, em que um grupo revolucionário decidiu matar um companheiro por suspeita de traição. Esse episódio faz lembrar que, em 1936, o “cavaleiro da esperança” Luís Carlos Prestes ordenou a morte de uma adolescente, Elza Fernandes, também por suspeita de traição, jamais comprovada. Sob as ordens de Prestes, militantes comunistas enforcaram a garota com uma corda de varal. Quem quiser conhecer melhor o episódio deve ler “Elza, a Garota”, de Sérgio Rodrigues, e “Olga”, de Fernando Morais.
 
Há uma vasta biblioteca sobre as maravilhas do socialismo, da qual citamos alguns poucos exemplos: os ensaios de Joseph Brodsky (expulso da União Soviética por “parasitismo social”, isto é, escrever bem); os poemas de Anna Akhmátova (que teve o marido assassinado a mando de Lênin e o filho preso a mando de Stálin); as memórias de Nadejda Mandelstam (mulher de Ossip Mandelstam, um dos maiores poetas russos, assassinado pelo regime); o livro “Cisnes Selvagens” (em que Jung Chang descreve o terror de três mulheres sob o regime de Mao Tsé-tung); os romances dos autores tchecos Milan Kundera e Ivan Klíma; e o relato autobiográfico “Lágrimas na chuva”, do ex-militante brasileiro Sérgio Faraco.
 
É muita denúncia para pouca crônica. Mas eu não poderia deixar de citar a leitura dos próprios autores comunistas, cuja eventual sinceridade me fez conhecer a verdadeira face da ideologia: Lênin, Trotsky, o brilhante Isaac Deutscher, o ótimo Jacob Gorender e os canonizados Che Guevara e Carlos Marighella.
 
 
É como dizia Paulo Francis:
 
“Não há melhor propaganda anticomunista do que deixar o comunista falar”
 
 
 
 
 
 
 
 

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