A pesquisa eleitoral com a presença de Marina Silva suscita discussão interessante sobre o voto útil. A perspectiva de que a presidente Dilma seja derrotada no segundo turno, possibilidade que já se observava em várias pesquisas anteriores, que chegaram a dar a Aécio Neves, do PSDB, um empate técnico com ela e registravam um crescimento potencializado de Eduardo Campos, abre caminho não apenas para o movimento “volta Lula”, que parece inócuo a essa altura da campanha, como mesmo para um realinhamento de apoios na base aliada.
A decisão do senador Romero Jucá, o líder de todos os governos, de anunciar seu apoio a Aécio Neves, abre mais uma brecha no PMDB e prenuncia alguma mudança de ventos. O receio de que Marina possa chegar ao segundo turno derrotando Aécio Neves, com chances de vencer Dilma, pode desencadear uma espécie de “voto útil” daqueles que não estariam confortáveis com sua vitória.
O vídeo de campanha de Eduardo Campos que vazou na internet é de uma rispidez verbal contra líderes do PMDB raramente vista em programas políticos nos últimos tempos. Agora, com a assunção de Marina à posição de candidata, ganha mais eficácia e produzirá um movimento de defesa desse grupo político.
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