Carta de Natal e Ano Novo—2016
Queridos amigos:
Acho que como eu e Marta, vocês também sobreviveram 2016. Não sei se ainda se lembram, mas eu estava com um terrível mau humor no ano passado, e confesso, meu mau humor tem piorado desde lá.
Conosco tudo vai indo bem. Temos uma situação confortável e até bastante estável. Levamos uma vida sem grandes arroubos, nunca damos passos além de nossas pernas — somos cautelosos, mas não somos medrosos — e procuramos nos ajustar sempre à realidade. Quando há folga, fazemos uma viagem de férias mais longa, fazemos reparos na casa ou no carro, realizamos alguma meta. Não temos dívidas. Então, qual a razão de tanto mau humor?
A razão só pode ser o "entorno", aquela parte fora de nossas vidas na qual temos pouco ou nenhum controle. E de todos os "entornos", o que mais me azucrina é o nosso Governo. Não quero (nem preciso) ser específico qual governo e de qual esfera. No Brasil, a pedra no sapato é a Pedra Federal. O resto é areia.
Não quero transformar essa carta num dos meus artigos do blog, mas está difícil. Aliás, vários de vocês já me cobraram pela minha ausência lá, sejam pelos textos, vídeos ou podcasts. Acho que minha veia "pitaqueira" entupiu. Tem muita coisa para passar, para por para fora, e falta-me tempo e alento. Estou começando a acreditar que o Brasil não tem conserto, não tem jeito, e aí me vem essa apatia.
Lutamos tanto para tirar a Janete para acabar nas mãos de um bananão. Temer não tem espinha de Presidente, tem de mordomo: curva-se para tudo e todos. Nada contra mordomos, aliás. Se pudesse, acho que teria um — inglês —, mas tal coisa nunca me passou pela cabeça. O que me faz falta é um presidente decente, mesmo que minimamente. Ah! Saudades do Itamar… Fizeram tanta pilhéria dele e do seu topete… Hoje, qualquer um de nós daria um braço por meio Itamar que fosse, aquele que em dois anos fez mais que dois FHC, dois Lula e uma Janete e trocados.
E não é só aqui. O mundo lá fora também piorou. Culpa dessa agenda marxista, que manieta nossa sociedade e enxovalha nossos valores com o discurso do "politicamente correto" — permitam-me a chulice — que já encheu o saco! Se você diz algo que te desagrada, logo aparece alguém para te rotular de homofóbico, xenófobo, islamofóbico, misógino, racista e intolerante. Ninguém mais pode ter opinião — todos precisam ser "conformes". Na Europa, nas grandes cidades, já se respira aquele ar de "favelão" por conta disso, e os Estados Unidos não estão muito longe de os seguir. Que St. Donald nos valha!
Os termos da rotulagem são não apenas cretinos, são também errados. Eu não sinto medo algum deles. Não temo gays, estrangeiros, muçulmanos e que tais. Aliás, nem os notaria se me deixassem em paz. Mas, não raro, esses grupos de pressão insistem em nos impingir sua agenda.
O que aconteceu com a "vontade da maioria"? Por que é que são minorias a nos impor suas vontades e demandas, a maioria à força? Ora, porque eles são as buchas-de-canhão do marxismo cultural. Estão sendo usados e nem se dão conta disso.
Tomemos os gays por exemplo: será que a vida deles melhorou por conta das suas "paradas gays"? Certamente que não. Melhorou porque a sociedade sabe que sua existência é tão inevitável quanto o Sol de todo dia e é assim se vem dando sua aceitação. Mas não negarei que as cenas das tais "paradas" me deem engulhos e é exatamente para isto que elas servem.
A "conformação" ao acinte repetido nos torna permissivos, sem valores e sem padrões. Não é outra a razão para o crime dominar nosso cenário. Ficamos tão permissivos, tão permeáveis que já nem nos escandalizamos com nossos massacres. Morre mais gente aqui de morte violenta que em países em guerra e nossos casos de corrupção não encontram precedente ou rivais na História da Humanidade. E ainda nos perguntamos: "Como foi que deixamos tudo isso acontecer?"
Ora, nem sentimos. Estamos tão anestesiados por esta agenda politicamente correta que nem notamos. Nossas "autoridades" nos pedem, encarecidamente, que nos deixemos ser assaltados sem reação. "Por favor — dizem —, não irritem o bandido!" Fique passivo e talvez ele não lhe dê um tiro ou uma facada de troco. Esta é a situação atual: precisamos nos fazer conformes se quisermos ser deixados em paz.
O exemplo gay acima serve para "todas as minorias discriminadas". Troque gays por negros ou outra raça, islâmicos, estrangeiros etc. que o quadro final é o mesmo: são meros instrumentos usados para minar nossos valores e nossas crenças. Não é outra a razão para que nesta época as pessoas dizerem "Boas Festas" em lugar de "Feliz Natal". Gostem ou não os "politicamente corretos", esta é uma festa cristã, um feriado religioso comemorado por um montão de gente muito antes da existência da maioria dos países desse mundo.
Eu não vou me dobrar à agenda da moda. Manterei meus costumes e minhas crenças. E é somente por isso — e apesar do meu mau humor — que eu desejo a todos vocês…
Euler e Marta German
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