As origens
O que leva alguém com milhões de dólares de patrimônio a enaltecer um
guerrilheiro comunista como Che Guevara? Qual pode ser a causa da defesa
apaixonada do socialismo por um filho de banqueiro? O que está por trás do
fato de uma madame, em sua BMW blindada a caminho de sua casa de praia,
enaltecer o estilo de vida “descolado” dos pobres indianos?
Por que um ator de Hollywood, que possui até jato particular, diria para o
restante das pessoas que seu estilo de vida precisa mudar, reduzindo sua
“pegada de carbono” para salvar o planeta do aquecimento global? Como um intelectual
sob todo o conforto ocidental pode abraçar tiranos assassinos dos países mais
pobres?
São questões complexas. Afinal, a contradição entre discurso e estilo de vida
salta aos olhos de qualquer um, mas isso não parece motivo suficiente para
incomodar os membros da esquerda caviar.
Eles são capazes de proferir uma palestra inteira sobre as “maravilhas” do
regime socialista, e logo depois negociar de forma intransigente um valor
milionário para o cachê do próximo filme, ou embarcar para passar as férias nos
States, para voltar com as malas cheias de roupas e objetos eletrônicos mais
baratos (de preferência fugindo dos pesados impostos na Alfândega).
Eles torram milhões em “jantares beneficentes”, com toda a pompa e gala,
levantando fundos para “causas sociais” como a fome, enquanto degustam os mais
caros vinhos e iguarias, apenas para regressar em limusines para seus palacetes
com a sensação de que jamais pisaram na Terra seres tão bondosos.
Eles podem escrever que Cuba é quase um paraíso, e minutos depois partir para
um luxuoso apartamento em Paris. Ou podem pregar maiores impostos sobre os
ricos em nome da igualdade, para em seguida lutar por benefícios fiscais
para si próprios. Nenhum abalo aparente. Por quê?
O livro
de Rodrigo Constantino foi um dos melhores presentes que ganhei de Natal.
Nenhum comentário :
Postar um comentário