A COPA DOS DEZESSEIS ANOS
A primeira grande frustração do Brasil em
Copas do Mundo ocorreu em 1950, quando perdemos em casa para o Uruguai.
Dezesseis anos depois, a segunda. Em 1966, como bicampeões mundiais, caímos na primeira fase, perdendo para Hungria e Portugal.
Dezesseis anos depois, a terceira. Em 1982, como tricampeões e com um time de fazer inveja a qualquer argentino, fomos bisonhamente eliminados pela Itália, embora jogássemos pelo empate.
Dezesseis anos depois, a quarta grande decepção. Em 1998, já tetracampeões, perdemos a final para a França, de goleada. Até hoje não se sabe direito o que aconteceu com o nosso centroavante. Dançamos no Moulin Rouge do futebol!
Dezesseis anos depois, retorna a Copa ao
Brasil. E mais uma vez perdemos. Perdemos para a mobilidade urbana, perdemos
para a violência nos estádios, perdemos para os acidentes fatais nas obras,
perdemos prazos, perdemos para a corrupção e para o superfaturamento, perdemos
a chance de melhorar a saúde, a educação e a segurança. Derrota acachapante!
Só espero que o cabalístico azar dos
"dezesseis anos" se confirme dentro do gramado, especialmente no
ponto de inflexão da campanha ao enfrentarmos Espanha ou Holanda (não acredito
na zebra chilena) nas oitavas de final, onde estarão se digladiando dezesseis
seleções.
Pode parecer impatriótico torcer contra o
escrete canarinho, mas se quebrarmos esse tabu e nos sagrarmos hexacampeões
mundiais de futebol teremos, certamente, outra maldição muito mais calamitosa a
se concretizar - o PT na Presidência da República por dezesseis anos!
Que bola nas costas...
Autor Anônimo
(por enquanto)
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