Domingo,a esquerda brasileira apanhou feio nas urnas, um
vexame comparável aos 7x1 da Alemanha contra o Brasil na Copa do Mundo. O gol
de consolação veio de Marcelo Freixo, candidato do PSOL, que chegou ao segundo
turno na segunda maior cidade do país, o Rio.
O naufrágio do petismo se deve à junção de dois demônios: o
fracasso retumbante na gestão econômica e política e o envolvimento da legenda,
e de alguns de seus caciques, na Lava-Jato.
Há ainda, acho, uma certa dose de fadiga com o petismo, uma
vontade de mudar que move, de tempos em tempos, todas as democracias que amamos
tanto. Nesses países, funciona uma espécie de roda-gigante política: tem hora
que a esquerda ou a direita (em suas infinitas variações) está por baixo, tem
hora que está por cima.
A alternância do poder faz parte do “kit” democrático, que
inclui o voto popular como origem do poder e a plenitude das liberdades
públicas. Sem a dança das cadeiras, não seria democracia e muito menos uma
“democracia à brasileira”, como ensinou Sobral Pinto (1893- 1991) a seu
carcereiro, em 1968, quando o de farda tentava justificar o regime dizendo se
tratar de uma democracia verde e amarela: “Conheço peru à brasileira,
democracia é igual no mundo”.
Ancelmo Gois é jornalista
PARA QUEM PENSA QUE A ESQUERDA BRASILEIRA JÁ SE ACABOU É BOM LEMBRAR QUE O PERIGO PODE MORAR AO NOSSO LADO E NEM SABERMOS. PARA EVITAR RISCOS MAIORES É BOM FICAR SEMPRE ATENTOS..
CUIDADO COM A RODA GIGANTE
E COM A DEMÊNCIA DE NOSSOS ELEITORES "
E COM A DEMÊNCIA DE NOSSOS ELEITORES "
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