Os intelectuais de esquerda,
a discordância como ofensa,
e as universidades como zonas de
guerra
Eis um fenômeno revelador de uma certa personalidade e mentalidade progressista: qualquer um que não reze pela cartilha, qualquer um que discorde de qualquer ponto ou aspecto da ideologia culturalmente dominante, não é um indivíduo que discorda de um argumento A ou B, mas sim um agressor, um infame que ousa recusar-se a aceitar a superioridade da ideologia perfeita.
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Usando a tela e o teclado como escudos, difamam, injuriam, caluniam e passeiam por outros artigos do código penal sem o menor escrúpulo ou drama de consciência. O fazem porque se consideram inimputáveis legalmente e ideologicamente. E se acham inimputáveis porque se veem alicerçados e justificados no pensamento político e cultural dominante gerado e legitimado pelos intelectuais e difundido e ratificado pela intelligentsia.
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Quando se acredita acriticamente em uma ideia ou em um corpo de ideias como sendo um instrumento de perfeição e de resolução plena e absoluta de todas as questões que regularmente emergem na vida em sociedade — a qual é formada pela interação entre indivíduos com desejos, anseios, vontades e objetivos diferentes —, a imperfectibilidade intrínseca a qualquer criação humana é simplesmente ignorada ou estrategicamente descartada, para que a ideologia cumpra o seu destino histórico.
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O tom de toda reação esquerdista é similar: "como ousas me questionar?".
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... , a certeza da superioridade moral e ideológica faz com que esses intelectuais olhem para a humanidade como um problema incômodo a ser resolvido, e com desprezo para os seus críticos, convertidos em inimigos e sendo um mal a ser extirpado.
..., quando o regime no poder decide aplicar à realidade o sistema construído sob as abstrações, há um choque violento que resulta em vítimas de carne e osso. Se o real não se adequa ao abstrato, pior para o real e para todos que nele vivem.
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