Este espaço é desaconselhável a menores de 21 anos, porque a história de nossos políticos pode causar deficiência moral irreversível.
Este espaço se resume
, principalmente, à vida de quengas disfarçadas de homens públicos; oportunistas que se aproveitam de tudo e roubam sem
punição. Uma gente miúda com pose de autoridade respeitável, que
engana o povo e dele debocha; vende a consciência e o respeito por si próprios em troca de dinheiro sujo. A maioria só não vende o corpo porque este, além de apodrecido, tem mais de trinta anos... não de idade, mas de vida
pública.


OPINIÕES PESSOAIS

segunda-feira, 15 de agosto de 2016

De costas para o país ! (A ficha não caiu - VALDO CRUZ)


A ficha não caiu

VALDO CRUZ

Desacreditada, sob suspeita, boa parte da classe política brasileira emite sinais de que, mesmo assim, está de costas para o país. A ficha parece que não caiu no Congresso, em especial na Câmara dos Deputados, para a situação de penúria das contas públicas.

Na semana passada, pressionados por corporações, deputados não tiveram coragem de aprovar medidas para facilitar o ajuste fiscal dos Estados ederrubaram o veto temporário a reajuste de servidores. Ficaram de bem com este eleitor em detrimento dos demais.

Foi um sinal negativo preocupante. Se já foi assim agora, como será quando forem analisar a reforma da Previdência? Sem falar que tem deputado querendo derrubar o teto dos gastos na proposta de renegociação da dívida dos Estados.

Encastelados em Brasília, nossos políticos são reféns, com muito bom gosto, de todo tipo de corporação. Uma minoria consegue gritar alto e manter seus privilégios. Enquanto isso, fora da capital, a maioria corre risco do desemprego e de ter sua empresa fechada.

A sensação é de que bastou uma discreta melhora no cenário econômico, tímida e nada segura, para que nossos parlamentares se comportassem como se o pior já tivesse passado. Não passou. Pelo contrário. O Estado brasileiro segue quebrado.

Se o país não for capaz de recuperar as contas públicas, o que depende do Congresso Nacional, a desconfiança e a falta de credibilidade voltarão a reinar por aqui. E o Brasil corre o risco de seguir patinando.

A equipe de Henrique Meirelles tem alertado para esse perigo. Na renegociação da dívida dos Estados, cumpriu seu papel. Foi derrotada, mas quem perdeu foi o Brasil.

A turma de Brasília parece se esquecer do que a história nos ensina: num cenário de desastre econômico, os governantes de plantão são os que pagam a conta. Nada mais justo. Se não são capazes de garantir prosperidade, têm de sair da frente.
 
 
 

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