Este espaço é desaconselhável a menores de 21 anos, porque a história de nossos políticos pode causar deficiência moral irreversível.
Este espaço se resume
, principalmente, à vida de quengas disfarçadas de homens públicos; oportunistas que se aproveitam de tudo e roubam sem
punição. Uma gente miúda com pose de autoridade respeitável, que
engana o povo e dele debocha; vende a consciência e o respeito por si próprios em troca de dinheiro sujo. A maioria só não vende o corpo porque este, além de apodrecido, tem mais de trinta anos... não de idade, mas de vida
pública.


OPINIÕES PESSOAIS

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

JORNAIS COM MEDO NA MÃO

 
 
 
 
O editorial abaixo foi publicado hoje (17/fev.2014) no jornal O Globo
COMENTÁRIOS SOBRE O ASSUNTO EM AMARELO
 
Se há algo a que os jornalistas estão acostumados é a contrariedade que a publicação de fatos negativos sobre pessoas, partidos, artistas, políticos, empresários gera naqueles que os admiram, respeitam e os têm acima do bem e do mal. O fenômeno é diário, e recebido pelo jornal como algo natural.  ENTÃO, PORQUE TODOS OS FATOS DE DENIGREM -  É O QUE MAIS TEMOS! - A PESSOA DE NOSSO EX-PRESIDENTE PETISTA NÃO APARECEM NAS PÁGINAS DO JORNAL, MESMO QUE APARECESSEM NUM CANTINHO BEM PEQUENO?

Essa contrariedade se expressa de diversas formas: cartas, e-mails, telefonemas e comentários em redes sociais. E até mesmo em colunas assinadas publicadas por colaboradores: como o jornalismo deve buscar a expressão livre de opiniões para que o leitor tenha diante de si uma pluralidade de ideias, é normal que colunistas divirjam do próprio jornal em que escrevem.

O episódio em torno do deputado Marcelo Freixo é um exemplo. Muitos criticaram a postura da imprensa em geral, e do GLOBO em particular, de publicar fatos que o tocavam diretamente.

No dia em que foi preso Fábio Raposo, réu confesso de participar diretamente da ação que resultou na morte do cinegrafista Santiago Andrade, Marcelo Mattoso, o estagiário do advogado que defendia o detido, disse duas coisas: a ativista Elisa Sanzi Quadros telefonara para ele e oferecera ajuda jurídica; e que, ao passar o telefone para o próprio advogado, Jonas Tadeu Nunes, este ouvira dela que o homem que atirou o rojão contra o jornalista “era ligado ao deputado Marcelo Freixo, do PSOL” e que o deputado estaria à disposição de Fábio. Ao telefone, a ativista avisava que estava indo à delegacia junto com outros ativistas para protestar contra a prisão. Tudo isso foi registrado, oficialmente, num termo de declaração prestado pelo estagiário na delegacia. O QUE APARECE EM UM LIVRO TAMBÉM NÃO ESTARÁ PERPETUAMENTE DECLARADO?

Logo em seguida, de fato a ativista e alguns colegas foram à delegacia. A primeira parte do termo de declaração, prestado antes de Elisa aparecer na repartição policial, estava confirmada. Um dos ativistas, Yan Carrazoni de Matos, chegou a ser agredido por um dos jornalistas ao dizer a ele e seus colegas que estavam de plantão na delegacia: “Tomara que vocês sejam os próximos” (os próximos a levar um rojão na cabeça). O que fez a imprensa e O GLOBO em particular?  PORQUE AS COISAS SÓ  MUDAM QUANDO O TERROR SE TORNA PRESENTE?

Ligou para o deputado e relatou o ocorrido. O deputado primeiro disse que não sabia de nada e que só se manifestaria depois de ler o termo de declaração. De posse dele, decidiu gravar uma entrevista para a TV Globo, a primeira a procurá-lo. Na gravação, o deputado decidiu admitir que recebera um telefonema da ativista naquela manhã, solicitando assistência jurídica porque temia que o ativista preso fosse torturado. No telefonema, segundo seu relato, negou assistência jurídica, porque para isso existe a defensoria pública, mas concordou em agir para que torturas não ocorressem.

Por fim, negou ter dito à ativista que o atirador de rojão fosse ligado a ele. E prometeu processar a ativista e o advogado se insistissem nessa afirmação. Mais tarde, revelou que o advogado Jonas Nunes tinha sido o defensor de Natalino Guimarães, um dos líderes das milícias cujos crimes foram denunciados por ele quando presidia a CPI sobre o tema. Insinuou, assim, que o relato do advogado era enviesado.

A ativista, por sua vez, confirmou aos jornalistas que oferecera assistência jurídica e que telefonara para o deputado para pedir ajuda, mas negou ter dito que o atirador do rojão fosse ligado a Freixo. O delegado que cuidava do caso deu entrevista afirmando ter ouvido o telefonema e, por esse motivo, pedido ao estagiário para documentá-lo no termo de declaração.

A imprensa agiu corretamente. De posse de um documento oficial com uma narrativa grave como essa, num momento grave como aquele, ouviu todos: o advogado, a ativista, o deputado e o delegado. Parte do que a ativista disse ao telefone se confirmou: ela de fato compareceu à delegacia para protestar (e um de seus amigos ameaçou os jornalistas) e ela própria admitiu ter telefonado ao estagiário oferecendo ajuda jurídica e reconheceu ter telefonado ao deputado naquela manhã em busca de proteção ao preso contra maus tratos. Depois de dizer que não sabia de nada num primeiro instante, o deputado admitiu ter recebido um telefonema da ativista solicitando ajuda, mas negou envolvimento com o homem que atirara o rojão (desconhecido naquele momento). A IMPRENSA SÓ AGE CORRETAMENTE QUANDO NÃO SE ABSTEM DE ADORDO COM INTERESSES PROSMÍCUOS 

O que faz um jornal diante disso? Omite os fatos na presunção de que o deputado Marcelo Freixo é um homem acima do bem e do mal? Mas esses homens, infelizmente, não existem. E, se existissem, nem eles poderiam ganhar da imprensa essa imunidade. O dever da imprensa é jogar luz sobre os fatos, não importando se atingem fulanos ou sicranos.  DEPENDENDO A QUEM INTERESSA, OS MEIOS DE COMUNICAÇÃO PODEM SE OMITIR?

Confirmado que o telefonema existiu, e parte do seu conteúdo, não cabia ao jornal julgar se o trecho onde não havia coincidência de relatos era ou não verdadeiro (se o homem do rojão era ou não ligado a Freixo). O certo, ali, a obrigação da imprensa, era revelar a discordância e dar espaço igual para que todos a manifestassem. Inclusive destacando a informação de que o advogado Jonas Nunes fora o defensor de um miliciano. Isso foi feito, sem dúvida alguma.  SE A OBRIGAÇÃO DA IMPRENSA É REVELAR QUAISQUER INFORMAÇÕES, PORQUE MUITOS JORNAIS E RELVISTAS SE ABSTIVERAM DE COMENTAR SOBRE UM LIVRO TÃO VENDIDO E TÃO LIDO, COMO FOI O CASO DO LIVRO DE ROMEU TUMA JÚNIOR, EM QUE O EX-PRESIDENTE PETISTA APARECE COMO DEDO-DURO NA ÉPOCA DA DITADURA, CAPAZ AÉ DE ENTREGAR SEUS 'COMPANHÊRU'?

O jornal não disse em momento algum que o deputado Marcelo Freixo era ligado ao homem do rojão, nem de forma alguma induziu seus leitores a acreditarem nessa versão. Seria absurdo e leviano, porque não há prova alguma sobre isso. Mas, certamente, o jornal foi leal com os leitores, publicando, com o destaque merecido, uma notícia, dando amplos espaços para que todos se manifestassem, o deputado principalmente. Agindo assim, foi respeitoso com a família do cinegrafista, interessada em tudo que lhe possa fazer justiça.  NOS CASOS QUE ENVOLVEM O EX-PRESIDENTE O JORNAL TERIA SIDO LEAL COM SEUS ELEITORES 

O que resta agora? Jogar mais luz no episódio. Acompanhar as investigações policiais, fazer investigações jornalísticas próprias para que, ao fim, a verdade apareça. Seja ela qual for. Jornalistas não são adivinhos: a verdade só aparece quando se expõem os fatos sem preconceitos.

Que essa atitude irrite os que admiram Freixo é absolutamente compreensível. Como dissemos, é um fenômeno cotidiano, e atinge pessoas de todos os matizes, origens, crenças e valores.

E não irrita O GLOBO. Ao contrário, ajuda-o a rever seus procedimentos e verificar se acertou ou errou. Como faz agora.  SE QUEREM AJUDA, PODEM CONTAR COMIGO.


http://oglobo.globo.com/opiniao/o-dever-de-um-jornal-11624277#ixzz2ta9jO7sJ 


 
PERGUNTAS:
 
- Porque antigos manifestantes, passaram à condição de black blocs e agora, de 'repentemente' se tornaram ativistas?
- Porque o que antes era considerado manifestante de 'repentemente' se tornou membro de uma milícia?
- Apenas assassinato é crime ou também será crime quebrar o que os outros construíram, sejam eles considerados ou não capitalistas.
- Ser capitalista é crime?  E ser ativista ou TERRORISTA não é? 
- Ser dedo-duro a favor da ditadura tão execrada pelo jornal não é grave?
 
 

Segundo um provérbio latino




 

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