Impessoalidade

"A Administração Pública deve, acima de tudo, visar o interesse público e não  o interesse privado. O princípio da impessoalidade implica, portanto, que à Administração Pública é vedado que sejam favorecidos alguns indivíduos em detrimento de outros, ou prejudicados alguns em detrimento de outros. Em outras palavras, o princípio da impessoalidade visa dar tratamento de igualdade ou isonomia (igualdade perante a lei: “todos são iguais perante a lei” – art. 5º, caput, CF; ver também BANDEIRA DE MELLO, 2006; MIRANDA, 2008). A expressão “impessoalidade” indica que a Administração Pública não deve favorecer nenhuma pessoa em particular e sim deve dirigir-se à sociedade em geral. “Como regra, portanto, toda administração deve dispensar tratamento igual a todos os administrados, não podendo a Administração Pública, evidentemente,  estabelecer tratamentos diferenciados, beneficiando determinadas pessoas ou empresas” (MADEIRA, 2014, p. 56). ... "

 Alexsandro M. Medeiros

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A impessoalidade tomou conta de nossa sociedade.  Se expandiu e vem abrangendo todas as áreas, públicas ou privadas.

Pobres das crianças que já nascem acostumadas num meio tão impessoal que não sei até agora como ainda têm certidão de nascimento, onde é escrito o seu nome.

Já se tornou um hábito - não para mim ! - ouvir no telefone aquela voz gravada, cada vez mais distanciada,  oferecendo as maravilhas do que você acaba de ganhar, mas terá que pagar.

Quem ainda não escutou aquela frase hedionda  "Para sua segurança, esta ligação está sendo gravada", quando sabemos que a segurança é deles não nossa.  Nada melhor que responder de acordo com a segurança que eles merecem : "AH! Está sendo gravada é?  Então vá para ''a ponte que os parovsky!", sem esquecer de desligar o telefone logo em seguida, sem dar tempo à maquininha de continuar o discurso para o qual foi programada.  A ligação não será feita em seguida.   

A impessoalidade não apenas telefona para você, ela o atende  desde em  consultórios médicos, quanto em bancos ou  restaurantes. 

No outro dia, na tentativa de colocar  fim àquela impessoalidade implacável,   perguntei à 'donzela':  qual é o seu nome. Ouvi como resposta: "Pertenço à empresa XYZ. "  Ao que respondi:   "Estou farta de saber a que empresa pertence, minha filha. Não foi isso que perguntei. Perguntei qual o seu nome ou você já nem o tem mais?" 

Toda vez que você der de cara o cartaz: 'Sorria, você está senso filmado", seja obediente e dê à câmera um amplo sorriso, sem esquecer de esticar o  dedo do meio da sua mão, enquanto dobra os outros.        
         

No lugar de 

Sorria, você está sendo filmado 

o correto, seria

"CHORE, VOCÊ ESTÁ SENDO AMEAÇADO"

(mais impessoal, impossível, 

pois ninguém diria isso para sua própria mãe)