Ninguém me avisou que eu estava mudando de um "patamar" para outro.
Antigamente, quando falavam em virgindade eu considerava antiquadas as pessoas que usavam esse termo. Quando fui morar sozinha, o comentário familiar era que antes eu deveria me casar para abandonar aquele lar tão bem feito; via todos os mais antigos como seres antiquados. Quando minha mãe dizia que eu ainda era muito jovem para usar batom, não dava a menor importância aos seus conceitos, pois os considerava antiquados.
Hoje, a antiquada sou eu. Não gosto de ver homem beijando homem e mulher fazendo o mesmo com mulheres. Fico horrorizada (quem diria) ao ver que no MAM/SP causou polêmica o que agora é considerado ARTE: um homem pelado (ou melhor, homem nu - perdoem o uso de um termo tão antigo ou antiquado!) deitado no chão com uma criancinha mexendo em seu pé. http://gente.ig.com.br/cultura/2017-09-29/arte-homem-nu-crianca.html
Pior ainda! No outro dia, em conversa com mulheres mais jovens, usei a palavra "virgindade" que soou muito mal aos meus ouvidos. Foi aí que percebi, tardiamente, que a antiguada, agora, sou eu.
Hoje percebo que as pessoas 'antiquadas' da época, apenas estavam divulgando seus princípios, passando adiante sua
cultura, os padrões de sua época, o que não deveria ser tão rejeitado como era e talvez nem seja mais.
Antes de julgarem, pensem que os "antiquados" como eu passaram, ao menos, por três etapas na vida: viados, gays, transexuais (transexual, transmigrar, transparecer, transtornar, transversal, TRANSMISSÍVEL... 'sei não', mas acho que deveriam trocar essa palavra por outra!)
Ou seja, no futuro,
antiquada/o será você!
OBS.: Estou numa situação em que nem sei mais o que é certo ou errado para a época atual! Por exemplo, nem sei se o correto é ser homo ou hétero!
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