Com crise no PT, L--- tenta mobilizar esquerda para defender partido
Na tentativa de recuperar a imagem do PT, abalada com a Operação Lava Jato, o ex-presidente Luiz Inácio L--- da Silva programa para o final de junho um cronograma de encontros e reuniões pelo país com movimentos sociais e centrais sindicais.
O objetivo do périplo é recuperar o apoio da base social da sigla, reaproximá-la do partido e mobilizá-la na defesa dos 12 anos da legenda à frente do governo federal.
A intenção do petista é priorizar a visita a estados onde o partido tem apoio mais consolidado e obteve vantagem nas urnas no segundo turno da disputa presidencial do ano passado, como Minas Gerais, Rio de Janeiro, Bahia, Pernambuco, Ceará e Rio Grande do Norte.
L--- fala durante encontro metalúrgicos jovens do ABC; ex-presidente quer fazer mais encontros do tipo.
Ele pretende também incluir no roteiro grandes cidades com tradicional militância petista, como Campinas (SP) e Porto Alegre (RS). Na semana passada, L--- esteve no Acre.
A avaliação dele e da cúpula nacional da sigla é de que a reaproximação com a esquerda é um movimento necessário para superar a crise política e garantir que o PT chegue competitivo à disputa eleitoral de 2018.
Na festa do Primeiro de Maio, organizada na capital paulista pela CUT (Central Única dos Trabalhadores), o petista havia sinalizado que faria viagens pelo país.
Segundo aliados e assessores, o ex-presidente tem demonstrado preocupação com manifestações de hostilidade contra a presidente Dilma Rousseff (PT) e com o crescimento da rejeição ao partido em setores da sociedade.
CRÍTICAS
Em conversas recentes, ele reclamou da atuação do governo federal diante da atual crise política. Segundo ele, em vez de adotar uma agenda positiva, o Palácio do Planalto tem se concentrado apenas no ajuste fiscal, tema considerado impopular.
Nesta terça (12), L--- chegou a criticar a maneira como o ajuste fiscal está sendo feito, dizendo que foi erro mudar as regras do seguro-desemprego por medida provisória.
Além disso, de acordo com relatos de petistas, o ex-presidente lembrou que, em cinco meses, a presidente não lançou ainda programas ou iniciativas que possam se tornar marcas de seu segundo mandato.
Sob influência de seu antecessor no Palácio do Planalto, Dilma iniciou desde o final do mês passado esforço de reaproximação com centrais sindicais e movimentos sociais.
A presidente reuniu-se com representantes do Conselho Nacional de Saúde, da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura e de centrais sindicais.
A Secretaria Geral da Presidência da República articula ainda agenda de encontros da petista com outros movimentos sociais, entre eles entidades de defesa dos direitos humanos, da igualdade racial e de gênero e de combate à miséria.
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