- Mirian Leitão -
"No governo, nas empreiteiras, no mundo político, muita gente respirou mais
aliviada desde que a segunda turma do Supremo Tribunal Federal decidiu, por um
voto de diferença, liberar os empresários presos em Curitiba. Eles já saíram da
prisão e voltaram para as suas casas portando suas novas tornozeleiras. A partir
daquele momento, a Operação Lava-Jato entrou em nova fase."
...
"O Brasil vive um tempo louco, em que parece normal que a libertação de nove
suspeitos reduza a tensão no governo. É anomalia com a qual já nos acostumamos
nestes tempos estranhos. Os dirigentes do país deveriam estar interessados em
que a verdade aparecesse."
"O brasileiro é um politraumatizado com os escândalos em série aos quais foi
exposto nos últimos anos e, por isso, tende a achar que a partir da liberação
dos acusados tudo volta à estaca zero. O país já viu tanta pizza, tanto
tratamento diferenciado para os poderosos, que é natural que surja o medo de que
nada mais aconteça na Operação Lava-Jato, dado que os empreiteiros foram soltos.
Há impacto, sem dúvida; é um retrocesso, sim, mas não é o fim da operação."
...
"Esta operação é a melhor chance que nós já tivemos de combater a relação
promíscua entre empreiteiras, estatais e políticos no Brasil. A investigação e o
processo têm efeito político relevante, e isso é que atrai as atenções, mas vai
além da política. A economia tem muito a ganhar com um ambiente de negócios sem
os vícios exibidos pela Operação Lava-Jato. Sem os sobrepreços, os descuidos
propositais nos contratos, os acordos entre empresas para dividir as licitações
da estatal, a economia será mais eficiente e mais competitiva. A corrupção tem
mais esse efeito nocivo: ela torna a economia ineficiente."
Artigo completo
Muitos sabem que houve uma manobra para 'secar' de vez
com a operação LAVA-JATO.
Mas ela não acabará assim tão facilmente,
ao menos é o que muitos esperam.
Muitas bolhas ainda vão explodir.
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'COINCIDÊNCIA'
HABEAS CORPUS PROVIDENCIAL
O Supremo Tribunal Federal põe em prisão domiciliar nove empreiteiros da Lava Jato. Até aí tudo bem, afinal o habeas corpus (a expressão completa é habeas corpus ad subjiciendum) é uma garantia constitucional. O que torna estranho é esta decisão ter sido tomada pela 2.ª turma do STF pouco depois de ter vazado, propositadamente pelos interessados, a informação de que o chefão da bandidagem e dono da UTC Engenharia, Ricardo Pessoa, teria ameaçado a elite governante e periféricos com a delação premiada. Fato esse que mostraria a cara e jogaria no centro do furacão os dois principais bandidos que comandaram essa podridão na Petrobras, e hoje homiziados um no Palácio do Planalto e o outro em São Bernardo do Campo. É verdade que todos nós sabemos quem são, só a "justiça" brasileira faz de conta que não sabe.
Humberto de Luna Freire Filho, médico
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