Depois de muito andar nos bateu uma tremenda sede e resolvemos sentar para beber alguma coisa, caso encontrássemos uma mesa disponível. Ao encontramos, veio um casal de NEGROS, que dizem não ter participado da manifestação *, pedindo para dividir a mesa conosco. Aceitamos a sugestão e começamos a conversar.
Chegou um branco, com a camisa devidamente amarela e uma bandeira na mão que disse ao negro: "Pede uma cervejinha para mim, porque não quero entrar na fila.", ao que o negro disse um sonoro NÃO, deixando todos embasbacados, tanto por sua reação, nada comum a um brasileiro, quanto por sua audácia. Essa é a espécie de corrupção a que nos acostumamos e nem reparamos. O NÃO foi uma maneira de dizer àquele senhor que se ele estava ali para exigir uma país limpo, não poderia expor sua sujeira mental.
Aí vem a pergunta: Quem de nós já não deu ao menos um 'agradinho' a um guarda, por exemplo? Quem já deu uns trocadinhos a alguém em troca de alguma vantagem pessoal? Ao fazê-lo, é bom lembrarmos que é aí que começa a corrupção.
É bom lembrar que a corrupção não depende do valor e nem daquela maneira que encaramos nossas ações "se todos fazem, posso fazer também", pois nos cabe fazer a nossa parte, independentemente da maneira que os outros se comportam.
Estamos exigindo que políticos se comportem
como nós não nos comportamos?
Estamos querendo que eles sejam diferentes de nós?
Estamos querendo que eles sejam diferentes de nós?
* Quem diz que os negros não participaram da manifestação não só mentiram como mostraram ser os principais responsáveis pelo racismo existente no Brasil, por dividir nosso povo por sua cor. Qual é o brasileiro que pode se considerar completamente branco, pois em nossas veias corre o sangue já misturado de índios e negros?
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