Joaquim Ferreira dos Santos
Chegou a hora de fechar as pernas, digo, fechar a redação e ouvir o novo clamor de sexo que pulsa no mercado editorial. Ninguém mais quer pagar R$ 19 para ver mulheres nuas nas revistas se elas estão licenciosamente grátis, uivando para a lua, de quatro no ato, a um clique digital. A banca brochou. O editor botou o IVC na mesa e garante. Não há Viagra que anime a circulação dessas meninas de papel. Definitivamente encalhadas.
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"Nunca ele pôs os olhos nos braços de D. Severina que se não esquecesse de si e de tudo." - UNS BRAÇOS - Machado de Assis
Bons tempos em que bastavam nossos braços para alimentar a imaginação de um homem. Talvez nem mesmo um pedacinho de braço, mas apenas um gesto considerado mais 'ousado' teria a mesma capacidade.
Hoje, a modernidade foi se aprochegando e tudo se tornou possível, até mesmo a falta de maiores estímulos diante do que um dia seria inimimaginável. É como dizem os novos homens depilados, ''tudo que meu pai usa é coisa ultrapassada''.
Diante do artigo de Joaquim Ferreira dos Santos e um conto de Machado de Assis, podemos fazer maiores comparações entre a época que passou e a atual.
Temos aqui apenas a diferença entre épocas e sensações bem distintas.
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