PAULA REVERBEL
O ex-presidente L--- defendeu nesta sexta-feira (24) que o PT seja mais cuidadoso e erre menos ao representar a classe trabalhadora.
"Nós temos que ter MAIS CUIDADO e o PT tem que errar menos", disse L---. O partido tem sido alvo de críticas nas manifestações antigoverno que levaram milhares de pessoas de diversas cidades do Brasil às ruas em março e abril.
"O PT não pode fazer aquilo que ele criticava nos outros, tem que ser exemplo", acrescentou o ex-presidente. Diversos políticos petistas são acusados de integrar o esquema de corrupção instalado na Petrobras.
Um dos problemas apontados por L--- e pelos dirigentes do partido são as DOAÇÕES de empresas privadas, em particular de grandes empreiteiras que costumeiramente participam de licitações e fazem contribuições a diversos partidos. O ex-presidente elogiou a decisão do partido que vetou doações de empresas privadas a diretórios petistas.
"Vai ser mais difícil [sem doação de empresas], mas quem sabe a gente não reconquista alguma coisa que a gente tinha perdido: o direito de andar com a cabeça erguida neste pais".
O presidente do PT, Rui Falcão, fez mea-culpa e disse que há erros na trajetória, mas acrescentou que o PT pune quem erra. "Isso não é feito pelos outros partidos", afirmou.
LAVA JATO
A Operação Lava Jato, que investiga o escândalo de corrupção na Petrobras, foi brevemente criticada por L--- no evento.
"O que não pode, é prender a Cunhada do Vaccari [João Vaccari Neto, ex-tesoureiro do PT], achando que ela cometeu um crime, e no dia seguinte só soltar, sabe? Nem pediram desculpas", criticou
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O ministério público afirma que Marice Corrêa Lima fez depósitos não identificados na conta da irmã, mulher de Vaccari. A defesa de Marice, no entanto, argumentou que os depósitos, registrados em um vídeo, foram feitos pela própria irmã.
VETO À TERCEIRIZAÇÃO
O projeto que libera as empresas a terceirizar qualquer parcela de suas atividades também foi alvo de críticas de petistas. Rui Falcão chamou o projeto da terceirização de "odioso" e antecipou que o PT pedirá à presidente Dilma Rousseff que vete o projeto caso ele passe no Senado.
Antes disso, Vagner Freitas, presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores), havia prometido convocar uma greve para demonstrar apoio ao eventual veto presidencial.
L---, Falcão e Vagner Freitas participaram do Congresso das Direções Zonais da cidade de São Paulo. Também estavam presentes o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad; o presidente do diretório estadual do PT, Emídio de Souza; o presidente do diretório municipal, Paulo Fiorilo; o deputado estadual José Américo (SP), atual secretário de Comunicação da sigla; e os secretários municipais Alexandre Padilha (Relações Governamentais) e Eduardo Suplicy (Direitos Humanos).
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