Preocupação por não ter foro privilegiado para a Lava Jato
Luiz Inácio L--- da Silva afirmou a aliados que a prisão dos presidentes da Andrade Guiterrez e Odebrecht significam que ele será o próximo alvo da operação Lava Jato. Além disso, ele também se queixou da "inércia" de Dilma Rousseff em conter os danos que essa investigação vem causando. Ele também reclamou da atuação de Aloizio Mercadante, ministro-chefe da Casa Civil, que supostamente convenceu a presidente a minimizar o impacto político da Lava Jato.
De acordo com as fontes da Folha de S. Paulo, o ex-presidente L--- estaria preocupado por não ter foro privilegiado, significando que pode ser intimado a depor a qualquer momento. Ele também não está gostando do fato do caso estar sob condução do juiz Sérgio Moro.
A prisão dos presidentes Otávio Azevedo e Marcelo Odebrecht ligaram o "estado de alerta" do PT e preocupou o Palácio do Planalto sobre os efeitos negativos na economia. A estratégia do partido, entretanto, é afirmar que a influência dessas duas empreiteiras atingirá também outros partidos, como o PSDB. Mas essa estratégia não elimina o clima de tensão entre os petistas. Desde o fim do ano passado, as conversas em off no meio político e empresarial era que, caso Marcelo Odebrecht "fosse preso, ele não cairia sozinho".
E vale lembrar sobre a proximidade entre L--- e a Odebrecht: a empresa já patrocinou viagens dele para fomentar negócios na América Latina e África. Alexandrino Alencar, diretor da empresa, acompanhava o ex-presidente nessas viagens.
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