No meio daquela noite despertei meio assustado. Ainda estava bem escuro, devia ser três, quatro ou uma hora dessas qualquer da madrugada. Estava ...suado, a camiseta do "acorda São Paulo" encharcada. Mas apesar do pijama improvisado conclamar a cidade para a vigília, a mesma parecia dormir profundamente. Menos eu.
Caminhei pelo apartamento até a cozinha. No trajeto, tropecei no pé esquerdo do chinelo, que inadvertidamente estava divorciado do seu par. Acho que aprendeu com o dono. Mas segui meu passo. No escuro, divorciado e descalço. O corredor escuro parecia maior que de costume. Cruzei a sala e, afinal, cheguei. Na cozinha!
Ao acender a luz, tive a grande surpresa. Um senhor de idade, baixo e gordinho, acomodava-se precariamente no banquinho que ficava ao lado da mesinha "serve pra tudo" que ornamentava minha kitchen. O velhinho usava uma roupa esquisita. Era toda verde, de cetim, larga, com detalhes em branco na gola, mangas e capuz. Tinha cinto e botas pretas. Bingo. Era Papai Noel. O meu Papai Noel esmeraldino, como o meu "Verdão". Mama mia, ele existe, comemorei eu!
Meio sem jeito, ali de pé, de zorba e com a supra-citada camiseta, puxei uma conversa. Logo percebi que crise financeira, subprime, mercado de capitais e conjuntura macroeconômica não eram seus assuntos prediletos. Achei melhor não perguntar quem era a bela ragazza que estava de pé ao seu lado, segurando um grande saco verde, aquela altura já completamente vazio.
Só quis saber se ele tinha "passado" na Lacerda Franco, deixado o "presentinho" dos meus dois filhos. Afinal de contas, eu trabalho duro, pago pensão, escola e vale-alimentação e meus pimpolhos não podem ficar sem suas lembrançinhas de Natal. Ele respondeu que sim e me deixou exultante ao me dizer que eu era um bom pai.
Voltei pra cama e adormeci. De manhã acordei e corri pra cozinha. Nenhum vestígio. Absolutamente nada. Dei meia volta, cruzei a sala, o corredor, pensando no sonho que tive. Ainda reflexivo e distraído, percebi os dois pés de chinelo lado a lado no pé da cama.
Ao acender a luz, tive a grande surpresa. Um senhor de idade, baixo e gordinho, acomodava-se precariamente no banquinho que ficava ao lado da mesinha "serve pra tudo" que ornamentava minha kitchen. O velhinho usava uma roupa esquisita. Era toda verde, de cetim, larga, com detalhes em branco na gola, mangas e capuz. Tinha cinto e botas pretas. Bingo. Era Papai Noel. O meu Papai Noel esmeraldino, como o meu "Verdão". Mama mia, ele existe, comemorei eu!
Meio sem jeito, ali de pé, de zorba e com a supra-citada camiseta, puxei uma conversa. Logo percebi que crise financeira, subprime, mercado de capitais e conjuntura macroeconômica não eram seus assuntos prediletos. Achei melhor não perguntar quem era a bela ragazza que estava de pé ao seu lado, segurando um grande saco verde, aquela altura já completamente vazio.
Só quis saber se ele tinha "passado" na Lacerda Franco, deixado o "presentinho" dos meus dois filhos. Afinal de contas, eu trabalho duro, pago pensão, escola e vale-alimentação e meus pimpolhos não podem ficar sem suas lembrançinhas de Natal. Ele respondeu que sim e me deixou exultante ao me dizer que eu era um bom pai.
Voltei pra cama e adormeci. De manhã acordei e corri pra cozinha. Nenhum vestígio. Absolutamente nada. Dei meia volta, cruzei a sala, o corredor, pensando no sonho que tive. Ainda reflexivo e distraído, percebi os dois pés de chinelo lado a lado no pé da cama.
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