Documentos sobre gráficas fantasmas complicam a petista e Edinho Silva
A gráfica fantasma VTPB recebeu quase R$ 23 milhões da campanha de Dilma Rousseff.
A Focal Comunicação Visual, R$ 24 milhões. Ambas são suspeitas de servir de lavagem de dinheiro para o PT.
O ministro Gilmar Mendes enviou um ofício à Polícia Federal no último dia 29 solicitando a apuração de diversas irregularidades nas contas da campanha à reeleição e pedindo atenção especial à Focal, apontada em 2005 pelo publicitário Marcos Valério como destinatária de recursos do mensalão.
Caberá à Polícia Federal avaliar se há indícios suficientes para abrir um inquérito, que poderá complicar ainda mais a situação de Dilma e seu tesoureiro hoje ministro, Edinho Silva.
A IstoÉ teve acesso à documentação enviada por Mendes, que inclui um relatório de inteligência elaborado pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) a respeito da VTPB.
Parte dos serviços da VTPB teria sido bancada com dinheiro sujo, desviado da Petrobras para o caixa da UTC Engenharia, de Ricardo Pessoa.
Pessoa confirmou ter doado à campanha de Dilma, por pressão de Edinho Silva, um total de R$ 7,5 milhões oriundos do petrolão.
O primeiro depósito ocorreu em 5 de agosto - No mesmo dia, Edinho transferiu R$ 5 milhões para a conta da Polis Propaganda e Marketing, empresa de João Santana, o marqueteiro que recebeu um total de R$ 70 milhões da campanha de Dilma.
Segundo depósito: 27 de agosto. - Edinho fez então uma série de pagamentos, entre eles:
- 4 depósitos na conta da VTPB num total de R$ 1,7 milhão.
- R$ 672,6 mil para a Focal Comunicação.
No mesmo dia das transferências para VTPB e Focal, Edinho fez também: - 8 pagamentos num total de R$ 1,83 milhão a outra gráfica fantasma, a “Rede Seg Gráfica e Editora Eireli”, que, como a VTPB, não possui maquinário. A Rede Seg recebeu ao todo mais de R$ 6,15 milhões, valor superior ao limite legal permitido para esse tipo de pessoa jurídica.
Diz a revista (com grifos meus): “Ela está em nome de Vivaldo Silva, beneficiário de verba da cota parlamentar do deputado Vicente Cândido (PT/SP), parlamentar muito ligado a Edinho Silva. No material encaminhado por Gilmar à PF há ainda indícios de emissão de notas fiscais frias e ocultação de despesas. A análise das notas registradas no site do TSE indicam inconsistências, duplicação de valores e interrupção na sequência de notas emitidas. A Focal, por exemplo, emitiu duas notas fiscais sob o mesmo número 1303 para campanhas diferentes: de R$ 143,1 mil para a campanha de Dilma e de R$ 432 para a campanha do deputado Vicentinho (PT-SP).
No caso da VTPB os problemas são mais flagrantes.
A empresa diz que encomendou à gráfica Ultraprint quase a totalidade do material de propaganda para a reeleição.
Ocorre que a Ultraprint também foi contratada diretamente pela campanha, o que levanta dúvidas sobre a necessidade de se pagar um intermediário.”
Só para lembrar: o dono da VTPB é Beckembauer Rivelino, irmão do jornalista Kennedy Alencar.
“Uma outra análise das notas fiscais emitidas pela VTPB reforça a impressão da existência de irregularidades.
As séries das notas fiscais não são contínuas e há dezenas de notas faltando.
Além disso, quando as notas anexadas ao processo de prestação de contas são cotejadas com as registradas eletronicamente no TSE, observa-se contradições importantes.
Em 22 de agosto, por exemplo, a VTPB emitiu duas notas fiscais (nº 492 e nº 506) de R$ 667,8 mil cada. No processo físico, porém, não existe a nota 506.”
O que dizer?
Inquérito já!
A campanha de Dilma Rousseff é caso de polícia!
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