A falta de dinheiro que está abalando
os brasileiros e a procura do texto antigo que tem tudo a ver com a situação atual me lembrou um fato ocorrido logo no início do primeiro mandato do
operário petista que se tornou Presidente da República, quando uma empresária
se aproximou dele com um cartaz, pedindo soluções para o problema das pequenas
empresas, que não têm como se manter por causa da carga tributária
extorsiva da época, e que já era
desviada escandalosamente. Sabem qual
foi a resposta presidencial sobre o assunto?
Dar à empresária um autógrafo. Foi como se o indivíduo que um dia foi metalúrgico, não compreendesse o desespero da tal mulher. Naquela época o homem que um dia foi metalúrgico já se mostrava, para quem quisesse ver, a pessoa tão fria quanto é e só pensa em si mesma.
"O hábito de parar na portaria do Alvorada seria
deixado de lado ainda no tempo de grande popularidade, no primeiro ano de
mandato. Numa ocasião, L--- foi surpreendido por um casal de empresários, que
aproveitou para reclamar que TINHA FALIDO POR CONTA DA CARGA TRIBUTÁRIA do
governo Fernando Henrique. O presidente havia parado para cumprimentar as
pessoas quando a mulher se jogou na frente do carro dele. A empresária se
aproximou com um cartaz: “L---, não queremos promessa: queremos solução.” -Tá
bom, tá bom... – disse L---, que em seguida autografou o cartaz.”(livro Viagens com o Presidente, pág. 35)
Muitos anos depois, com todo esse terrível tempo de PT pela frente, nada mudou e continuamos a ter os mesmos tipos de pequenas empresas pela frente: as informais e
despreocupadas, que não precisam dividir com o governo grande parte do dinheiro
de seu trabalho; as que se mantêm numa eterna corda bamba para não fechar as
portas; as que sobrevivem porque sonegam.
Depois que um grande
tributarista chamado Francisco Dornelles disse, em defesa de Renan Calheiros que
ele não teria feito nada demais ao cometer APENAS um crime tributário (http://noblat.oglobo.globo.com/artigos/noticia/2007/09/eles-nada-viram-73388.html) podemos cometer o crime de sonegação principalmente se for por legítima defesa
Ou seja, 'enganar' o Fisco, da mesma forma que somos todos
enganados,
é mais do compreensível e até aceitável.
No Brasil, sonegar continua não sendo crime, mas uma necessidade.
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