Este espaço é desaconselhável a menores de 21 anos, porque a história de nossos políticos pode causar deficiência moral irreversível.
Este espaço se resume
, principalmente, à vida de quengas disfarçadas de homens públicos; oportunistas que se aproveitam de tudo e roubam sem
punição. Uma gente miúda com pose de autoridade respeitável, que
engana o povo e dele debocha; vende a consciência e o respeito por si próprios em troca de dinheiro sujo. A maioria só não vende o corpo porque este, além de apodrecido, tem mais de trinta anos... não de idade, mas de vida
pública.


OPINIÕES PESSOAIS

segunda-feira, 8 de maio de 2017

TRABALHO COMUNISTA



A PERENE REVOLUÇÃO SOCIALISTA NO BRASIL 
 
 
 
Luiz Eduardo Rocha Paiva
 
General da Reserva
 
 
 
O lançamento do Manifesto Comunista de Karl Marx e Friedrich Engels, em 1848, contribuiu para expandir a ideologia comunista. Anos depois, foram criadas organizações, em sucessivas Internacionais Socialistas, que reuniam grupos de distintas tendências, empenhados na revolução socialista mundial.
 
 
A IIIª Internacional surgiu em Moscou, em 1919, e ficou conhecida como a Internacional Comunista (IC). Ela estabeleceu o Comitê Internacional (COMINTERN), órgão do Partido Comunista da União Soviética (PCUS) encarregado de disseminar a revolução socialista, criando partidos comunistas em diversos países.
 
 
Em 1922, nascia o Partido Comunista - Seção Brasileira da Internacional Comunista (PC-SBIC), origem do PCB e de sua futura dissidência, o PCdoB, após a cisão em 1962. Para se filiar à IC, o partido teve de aceitar as 21 condições impostas pelo COMINTERN. Entre elas, algumas determinavam que os PC deveriam combinar ações legais com ilegais, fazer campanhas de agitação e propaganda com foco nos exércitos, ser partidos internacionais, renunciar ao patriotismo e ao pacifismo social e obedecer à IC/PCUS. É um absurdo, mas o PCB se subordinou à União Soviética! 
 
 
Com a submissão ao PCUS e às suas condições de filiação, o socialismo no Brasil já nasceu incompatibilizado com as Forças Armadas, instituições legalistas, patrióticas, fiadoras da paz interna e exclusivamente leais à nação.
 
 
No Brasil, a revolução socialista faz um trabalho permanente de acumulação de forças, que culmina com tentativas de tomada do poder.
 
 
A primeira tentativa foi a Intentona Comunista em 1935. Luiz Carlos Prestes liderou uma ampla frente, a Aliança Nacional Libertadora (ANL), constituída pelo PCB e outros setores da esquerda. O golpe foi autorizado pelo PCUS e empregou o modelo bolchevista russo de 1917 - golpe de Estado imediato e violento. No Manifesto Revolucionário, que convocava a nação, constavam os slogans: “todo o poder à ANL”; e “pão, terra e liberdade”. Na revolução bolchevista, os slogans eram: “todo o poder aos sovietes”; e “pão, paz e terra”. Coincidência? A revolta foi sufocada e serviu como um pretexto para a implantação do Estado Novo, a ditadura Vargas (1937 a 1945).
 
 
 
A segunda tentativa se intensificou de 1961 a 1964 e usou a via pacífica preconizada pela URSS a partir de meados dos anos 1950. Assim, o golpe de Estado foi paulatinamente preparado por meio da infiltração em instituições e setores selecionados, em todos os níveis da sociedade, a fim de viabilizar pressões de base e de cúpula, bem como da subversão (agitação e propaganda), de modo a criar o clima revolucionário para motivar a nação para o golpe. Em 1963, Luiz Carlos Prestes declarara que o Brasil disputava a glória de ser o segundo país do continente a implantar o socialismo e que o PCB estava no governo, mas ainda não tinha o poder. O Movimento Civil-Militar de 31 de Março de 1964 frustrou a investida.
 
 
A terceira tentativa foi preparada desde o início dos anos 1960 e se intensificou a partir de 1966. Empregou-se a forma violenta (linha maoísta ou chinesa), que previa a luta armada prolongada, modelo fortalecido após o fracasso da via pacífica de linha soviética. A revolução socialista recebeu outro duro golpe, mas atrasou por dez anos a redemocratização almejada pela nação. A esquerda revolucionária não teve o reconhecimento de nenhuma democracia e de nenhum organismo internacional de que lutasse por democracia ou representasse parte do povo brasileiro. A redemocratização, em 1978, não foi obra da luta armada, então totalmente desmantelada, mas sim do governo, da oposição legal e da sociedade ordeira.
 
 
Porém, a revolução socialista é perene e, hoje, ela acumula forças para a quarta tentativa de conquistar o poder. Retomou a via pacífica, agora de linha gramcista, estratégia de longo prazo em andamento, também, desde os anos 1960. O PT, substituto do PCB e do PCdoB na liderança da revolução, pretende a hegemonia sobre a sociedade, para controla-la, neutralizar o aparato de segurança do Estado democrático, para destruí-lo, tomar o poder e, só então, implantar o regime socialista. A investida sofreu um revés com a saída do PT do governo, mas ele manteve o controle de setores importantes da sociedade, enfraquecida pela destruição de valores atiçada pela revolução socialista há décadas. Quem acha que o PT não é socialista não leu os sucessivos documentos do partido. O fato de muitos dos seus líderes se corromperem pela ganância por poder e riqueza, não significa que o PT não seja ideológico. Ideologia não é atestado de civismo e dignidade. 
 
 
(A DESTRUIÇÃO) Onde a revolução socialista triunfou e impôs esse regime ou permaneceu por longo tempo no governo, mesmo sem tomar o poder, o resultado foi desastroso. No primeiro caso, impôs ditaduras totalitárias, eliminou a democracia, a liberdade e, literalmente, milhões ou milhares de cidadãos. No segundo caso, infelicidade brasileira, os socialistas chegaram e permaneceram no governo por duas décadas. Evidenciaram inaptidão para desenvolver a nação, menosprezo aos valores da nacionalidade e perfil internacionalista, de 1994 a 2002 e, além disso, falência moral, falta de ética e intolerância com o opositor, na contramão da democracia, de 2003 a 2016. Foram dois governos socialistas, um fabianista e outro marxista, muito alinhados na ideologia e parcialmente nos métodos de implantação daquele regime. O primeiro propiciou e o segundo acelerou o desmanche do país, tragédia cujas consequências ainda não foram percebidas pela sociedade. Os socialistas se proclamam progressistas, mesclando arrogância com marketing enganador, e assim são aclamados por desonestidade ou mediocridade intelectual de muitos formadores de opinião.

O Brasil tem duas poderosas e destrutivas forças internas. A liderança política fisiológica, não discutida aqui, e a permanente revolução socialista, ambas incompetentes para governar e aliadas até há pouco tempo. Se elas permanecerem ocupando, amplamente, o topo da pirâmide do poder, a nação continuará patinando e sua paz social será comprometida.
 
Nunca antes na história desse país,
um grupo governante lhe causou tanto mal.

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