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A implacável balança
da razão
O homem na sua longa marcha da
insensatez, às vezes, prefere caminhar em vales com densa neblina. Nessas
paragens então surgem líderes com os pés de barros, com suas utopias, para
seduzir o povo incauto para atalhos perigosos. Mas, o tempo é o senhor da razão.
Luzes aparecem no distante horizonte para motivar a retomada do rumo certo.
Assim caminha a grande marcha da evolução da humanidade.
O socialismo foi a maior farsa do
século XX. Porém, até hoje seduz muitos incautos, entre anjos, anestesiados ou espertos
cidadãos. Embora prometesse a prosperidade, a igualdade e a segurança, só
proporcionou pobreza, penúria e tirania. A igualdade foi alcançada apenas no
sentido de que todos eram iguais na pobreza, lógico, excluindo os dirigentes do
sistema. No socialismo, os incentivos são em geral ignorados. Uma economia
planejada centralizada, sem preços ou lucros de mercado, em que a propriedade é
do Estado, alija o mecanismo eficiente de incentivos para guiar e incentivar a
atividade econômica. Por outro lado, no capitalismo os incentivos são
essenciais, implicando preços de mercado, contabilidade de lucros e perdas, o
direito de propriedade, entre outras motivações, e acima de tudo, a essencial
liberdade responsável na sociedade.
Os marxistas gostam de comparar
uma versão teoricamente perfeita do socialismo com o capitalismo real,
imperfeito, o que lhes fazem afirmar que o socialismo é superior ao
capitalismo. Só que na prática, como o homem e a natureza são imperfeitos e têm
os seus limites, os sistemas também os são. Então a correta comparação é:
capitalismo aplicado x socialismo aplicado. Assim, a inevitável crueldade dos
fatos mostra que nenhuma experiência da implementação da utopia de Marx deu
certo. Tudo ruiu, como o muro de Berlim e a poderosa URSS. Hoje restam múmias
esquisitas como a Coreia do Norte e Cuba. Novas tonalidades simpatizantes
populistas, como o peronismo, o bolivarianismo e o lulismo, entre outros ismos,
quebraram nações latinas e hoje estão sendo rejeitados diante dos pífios ganhos
insustentáveis e de grave crise econômica.
Enfim, a história é implacável:
entre perdas e ganhos, constata-se que apenas o capitalismo funciona,
permitindo ainda ser mais aperfeiçoado com novas práticas eficazes de justiça
social. Assim, para o bem da humanidade e da democracia, nesse vetusto embate,
sugere-se menos filosofia teórica e mais razão e resultados.
Carlos Alberto Da Cás
General, Doutor em
Aplicações, Planejamento e Estudos Militares e MBA Executivo da FGV.
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