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A diferença
fundamental, é que FHC não dá valor à ignorância de que L. tanto se
vangloria; é a história de que
malandragem em excesso atrapalha quem nunca pensou que pudesse ser
descoberto... Abraços, FLAVIO
O sociólogo e o
operário - Ricardo
Noblat
Nada
deve doer tanto em L. ultimamente do que as críticas que lhe faz o
ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
Os
dois foram parceiros políticos no passado. Separou-os a fundação do PT. FHC
preferiu ficar em um partido para chamar de seu – o PSDB.
Embora
o candidato do seu governo fosse José Serra, nada deixou FHC mais feliz do que
passar a presidência da República para L. .
Por
vaidade, imaginava-se citado no futuro em livros de História como o sociólogo
que foi sucedido pelo operário.
De
resto, se L. fracassasse, o sociólogo estava pronto para substitui-lo. O
operário se reelegeu e elegeu Dilma. Deixou o cargo com 80% de aprovação.
Por
razões que ainda não estão claras, L. aproveitou seus oito anos de governo, e
os quatro primeiros de Dilma, para bater em FHC sem piedade.
Chamou
de “maldita” a herança que recebera dele. Debochou dos conhecimentos de FHC e
exaltou sua própria ignorância.
Pois
bem: a hora do troco chegou. FHC retribui a pancadaria sem perder a classe.
Vale-se da cultura que acumulou e dos seus reconhecidos bons modos.
Nem
por isso o que ele diz deve doer menos em L. . Talvez doa mais. Porque FHC
trata L. não como um adversário, mas como um objeto a ser analisado.
Tal
postura é de alguém que se julga superior, que olha o entorno do alto do seu
trono. L. tem ouvido FHC sem responder por que sua situação é muito ruim.
E
tende a piorar, tamanho é o cerco que lhe movem a Polícia Federal e o
Ministério Público. Não sem razão.
Que
líder político entre nós ainda conservaria parte da popularidade sendo alvo de
todas as suspeitas que alcançam L.?
É
suspeito, por exemplo, de ter beneficiado empreiteiras que o têm beneficiado
desde que ele saiu do governo.
É
suspeito de ter bancado a “sofisticada organização criminosa” que se apoderou
de parte do aparelho do Estado durante o mensalão.
E
foi ele que nomeou os diretores que saquearam a Petrobras em proveito próprio,
do PT e de outros partidos e políticos.
Enquanto
L. tenta escapar de um fim de vida trágico, FHC antecipa a publicação dos
seus livros de memória à espera do aplauso da posteridade.
Enquanto
L. tenta justificar o enriquecimento dos seus filhos, FHC confraterniza com o
filho que adotou, e que leva uma vida simples.
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