Moda seria uma arte, como se fosse a de um pintor. Dizem, ainda,
que existiria um estudo significativo para sua criação. Então, alguns devem estudar o que é
significativamente mais bem aceito, no momento, para dar mais lucro ao bolso e
ao ego.
Já o modismo... Bem, por mais efêmero que seja, por mais rápido que
passe, é o modismo que nos dirige, que nos indica para onde ir, que decide o
que vamos usar, fazer, falar, ou mesmo pensar.
É ele que nos leva a tudo, pois o homem não foi habituado a pensar por
si mesmo, segue os valores (ou falta deles) de sua época ou meio social.
O que
é bom para uns, é bom para todos?
E o que fica bem em uns, ficará bem em todos?
Modismo é uma espécie de vício imperceptível, habilmente
aproveitado pelos chamados formadores de opinião.
É a dependência mental daqueles que se acham obrigados a fazer parte de
um grupo. Para isso, eles precisam ser
iguais aos outros seguidores, mesmo que abram mão de ser quem são. Como todo vício é prejudicial, podemos
concluir que o modismo político está para a sociedade assim como o crack está
para os drogados.
O seguidor da moda de sua época, para se sentir bem no meio em que
vive, aceita regras obrigatórias sem perceber que está seguindo determinações e
sendo manipulado pelas intenções alheias (muitas vezes escusas). Se considera
criatura inteligente pela escolha “acertada” que não foi feita, como pensa, mas
que lhe foi induzida. A fraqueza de sua personalidade o leva a achar lindo o
que, normalmente, acharia horrível.
Para os menos esclarecidos, o modismo se impõe como um verdadeiro
dogma. É a predileção obrigatória ou
crença num fato certo e indiscutível. Ao menos enquanto dure, pois há o risco
de o que hoje é inaceitável passe a ser elogiável logo em seguida e vice-versa. Modismo
é tão volátil quanto as mentes despreparadas .
“Usarás as mesmas peças, cores ou acessórios
que outros estejam usando,
independente de suas preferências.
Caso sejas milionário, serás defensor da
admirável pobreza,
embora durmas em cima do ouro e não dividas
nada do que possuis com os menos favorecidos.”
A insegurança, moral ou financeira, é o maior alvo da
política. Das criaturas mais frágeis é
que a desonestidade se aproveita com promessas eleitoreiras. Os cabos
eleitorais são profissionais em colocar o desconhecimento do povo a favor da
futilidade de promessas levianas. Direcionam, vantajosamente,as escolha dos
inconscientes.
Principalmente os formadores de opinião, mal intencionados, são
pacientes. Sabem transformar as idéias mais trôpegas em modismo e colocá-las
numa bandeja para oferecer ao público. Vão ‘manuseando’ a idéia popular aos
poucos, de acordo com os ventos, até atingir as vantagens desejadas. Com calma,
usam a mídia, o método da repetição, o poder da influência, o sentimentalismo,
a distorção dos fatos, pois têm um objetivo bem definido: o controle das mentes
para atingir total poder sobre elas.
Temos como exemplo de “modismo político” o que ocorreu a partir de
l964. Foi quando um grupo de baderneiros,
que atirava bombas, assassinava e mutilava passou de agressor a agredido e, aos poucos,
influenciou grande parte da população a acreditar em suas verdades deformadas
como fatos incontestáveis.
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