A falsidade de quem pretendia implantar sua própria
ditadura
foi maquilada até se transformar numa ideologia romanticamente
democrática,
com um clima novelesco facilmente engolido por grande parte dos
cidadãos que
ouvem sem discutir. E muito menos pesquisar.
Quem pensa diferente, não é igual. (Aproveitamento do erro alheio em causa própria )
Com críticas, durante anos consecutivos, aos erros
cometidos pelos militares, que se aboletaram mais tempo do que se esperava no
poder, os antigos bandidos terroristas insistiram em se mostrar santos
injustiçados, influenciando as pessoas a vê-los como “guerreiros pelo bem da
democracia”. Grande parte do povo
brasileiro foi induzido a ver apenas um lado da história, além de se tornaram
defensores da tapeação, sem admitir que alguém pensasse de forma diferente. Um
verdadeiro modismo: quem pensa diferente, não é igual.
Ao comentar sobre o assunto, lembramos logo dos
últimos modismos (crenças ou hábitos) bem oportunistas:
- Se aproveitar de ameaças tipo “Cuidado! Se me
contrariar, te chamo de preconceituoso!”;
- Adoração pelos invasores, desde que só invadam o que é dos outros;
- Aplaudir quem troca o trabalho por bolsa família e
considerar todo pobre um ser injustiçado (mesmo que se trate de um sujeito
inerte sem interesse por trabalho); (Nada melhor do que governar dependentes)
- Sempre defender o empregado, mesmo que o empregador
esteja certo;
- Se dizer "comunista", mesmo sendo seja um
neoliberal, more numa enorme mansão, tenha vida de nababo e jamais dê nada nem
aos necessitados mais próximos;
- Não se dar o direito de preferência pelo
capitalismo. Além de ficar fora de moda, será apontado como um monstro.
- Participar de campanhas a favor da homossexualidade,
sem esquecer de levar seu filhinho às passeatas gay (de preferência com uma
venda nos olhos).
- Conversar pelo celular com o amigo que está sentado
ao seu lado.
- Se for homem, se transformar, pelo menos, em um
metrossexual.
- Se for mulher, se convencer de estar apaixonada pela
vizinha ;
- Ser politicamente correto, ou seja, pensar da
maneira que decidiram que você deve pensar.
Uso piercing na ponta do nariz, penduro brinco na
orelha,
minha barriga parece um tanque de lavar roupa,
faço depilação no corpo inteiro e massagem facial
todas as semanas.
Sou um homem moderno! Um verdadeiro inferno!
Com o uso da insistência doentia voltada para uma
única idéia e uma única verdade, os
‘guerrilheiros salvadores da pátria’ criaram corpo. Idealismo de um lado e medo do perigo do
outro, melhor mesmo seria seguir o conselho: afirme ser de extrema esquerda e
serás considerado um homem de bem. E nunca se atreva a discordar.
Enquanto idéias populistas eram bem recebidas pelo
povo, independente de sua situação financeira, alguns chavões foram se
disseminando: “militar é torturador”; “trabalhador é um santo sofredor”;
“empresário é aproveitador”; “empregador é inimigo do empregado”; “ser pobre é
bonito e ser rico é feio”. Além de várias outras crendices incansavelmente
jogadas nos ouvidos dos que só ouvem e nos olhos dos que lêem !
Vemos, então, o perigo das idéias pré-fabricadas.
Durante muito tempo, jornais, revistas, escritores, professores, filósofos do
país admitiram – e muitos ainda admitem – uma única versão dos fatos, como se houvesse
um único dono da razão. Intencionalmente ou sem preocupação de lembrar que
“todas as coisas da vida têm dois lados: um lado mais claro e outro mais
escuro.”
Ao espalharem pelo país o sofrimento dos antigos
“defensores da democracia nacional”, quem conhecia o outro lado, com o tempo,
foi-se encolhendo cada vez mais. Não teria como contestar a apregoada injustiça
praticada pelos agentes da maldade. Impossível discordar ‘de quem sofreu pela
pátria’, de casos narrados com emoção e lágrimas (de crocodilo). Covardemente, sentia-se forçado a se calar,
do contrário se tornaria out ao grupo representado por uma sociedade
manipulada falsamente bondosa, mas implacável.
“Ideologia,
eu quero uma pra viver?”
Não,
sem ideologia pra que minha opinião possa sobreviver.
Já que em nosso país as inclinações vertiginosas em
direção ao comunismo, consideradas como ideologia, se tornaram uma exigência,
concluímos que, ao menos em casos como esse, ideologia não passa de um
meio de dominação ou uma forma de alienar a consciência (de quem tem).
Ideologia e tendenciosidade são irmãs gêmeas, pois
tanto uma quanto a outra não passa de um conjunto de opiniões dos outros,
inseridas no cérebro de quem não tem capacidade para pensar livremente. Seja certo ou errado , importante é poder
pensar, isento de qualquer tipo de direcionamento. Os intelectuais tipo “o
que pensamos é o certo e o que os outros pensam é errado” que me perdoem, e
os modismos que deixem de existir.
Ainda falando sobre a respeitável ideologia, nos
ocorre a música de Cazuza com esse nome. Independente do que passava por sua
cabeça ou para quem fosse o seu recado, alguns trechos se adaptam
maravilhosamente à vida atual: “Meu partido é um coração partido/E as
ilusões estão todas perdidas/Os meus sonhos foram todos vendidos tão barato,
que eu nem acredito... São
frases que representam a decepção de muitos brasileiros
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