Este espaço é desaconselhável a menores de 21 anos, porque a história de nossos políticos pode causar deficiência moral irreversível.
Este espaço se resume
, principalmente, à vida de quengas disfarçadas de homens públicos; oportunistas que se aproveitam de tudo e roubam sem
punição. Uma gente miúda com pose de autoridade respeitável, que
engana o povo e dele debocha; vende a consciência e o respeito por si próprios em troca de dinheiro sujo. A maioria só não vende o corpo porque este, além de apodrecido, tem mais de trinta anos... não de idade, mas de vida
pública.


OPINIÕES PESSOAIS

domingo, 5 de fevereiro de 2017

Lágrimas de crocodilo

 
Como grande aproveitador que sempre foi, L... não podia deixar de se aproveitar da morte de sua mulher para angariar mais simpatias. 
 
Discursou em pleno velório!
 


*****

 

L--- discursa em velório como

viúvo de comício

 
A morte é um evento caprichoso e unívoco. Não segue regras. E não se presta a interpretações. A morte simplesmente mata. É sua função. E ela a exerce quando e da maneira que bem entende. A vingança mais eficaz contra a compulsoriedade da morte é o protesto do silêncio. E a melhor homenagem aos mortos é não os esquecer.  ROSE DELA JAMAIS SE ESQUECERÁ! 



De resto, reza a praxe que, na vigília aos mortos, os vivos tenham sempre no bolso uma oração ou meia dúzia de parágrafos sobre sentimentos como amor e saudade. Mas os tempos estão mudados.
 

No velório de Marisa Letícia, L--- tinha à mão um comício. Esguichou lágrimas de Lava Jato:
 
''Marisa morreu triste porque a canalhice, a leviandade e a maldade que fizeram com ela…”, declarou L---. “Acho que ainda vou viver muito, porque quero provar para os facínoras… Que eles tenham um dia a humildade de pedir desculpas a essa mulher. Esse homem que está enterrando sua mulher não tem medo de ser preso.”
CASO A PRESSÃO DA LAVA JATO TIVESSE MATADO MARISA LETÍCIA, O PRINCIPAL CULPADO SERIA O PRÓPRIO L--- QUE A DEIXOU ENTRAR PARA A NEGRA HISTÓRIA COMO APROVEITADORA DO DINHEIRO ALHEIO.

Considerando-se sua origem e trajetória, Marisa foi uma mulher notável. Na passagem por Brasília, deixou como legado a mais fabulosa marca que uma primeira-dama pode proporcionar: a invisibilidade. Por sorte, L--- ainda vai “viver muito” (VAI VIVER TANTO QUE AINDA TERÁ TEMPO SUFICIENTE PARA SER PRESO OU FUGIR PARA OUTRO PAÍS). Entre um e outro discurso contra os “facínoras”, há de encontrar tempo para explicar por que permitiu que sua mulher virasse matéria-prima para inquérito.
 
Numa das encrencas que lhe renderam indiciamento, L--- é investigado por ocupar uma cobertura vizinha à que mora, em São Bernardo. Para os investigadores da Lava Jato, o imóvel foi comprado com dinheiro de corrupção. A defesa de L--- alega que a cobertura foi alugada. O contrato de locação traz a assinatura de Marisa.
 
Um dia L--- talvez tenha “a humildade de pedir desculpas a essa mulher” por ter permitido que a assinatura dela fosse empurrada para dentro de papéis tóxicos. Nesse dia, o morubixaba do PT perceberá que o papel de viúvo de comício não combina com a imagem de marido zeloso. Marisa Letícia não merecia que, no seu velório,  a virtude fosse transformada apenas num trissílabo como, digamos, eleitoral.
 
 Josias de Souza
 
 N.B.:  
  • "Discurso na hora errada" não significa que deixo de criticar quem se aproveitou da sua situação de primeira-dama, acintosamente e com o dinheiro do brasileiro (com o meu, inclusive). Hora errada porque quem estava casado com ela era ele e não eu.
  • Li, hoje, que o ódio invadiu as redes sociais da Internet, depois da morte da ex-primeira dama Marisa Letícia.  Dizer a verdade não é exposição de ódio, mas a falta da hipocrisia que se tornou elogiável em algumas situações e todos levam aos velórios... junto com suas lágrimas de crocolido.



 
 









 








 


 
 
 

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