Legião que
‘persegue’ L--- não para de crescer
Josias de Souza
Cristiano Zanin Martins, advogado de L---, alistou mais
um personagem no pelotão dos “agentes públicos que perseguem L---”: o delegado
Marlon Cajado, da Polícia Federal. Em nota oficial, Zanin escreveu que “é
desprovida de qualquer fundamento jurídico” o relatório em que Cajado conclui
que L--- e Dilma devem responder a inquérito pelo crime de “obstrução de
Justiça”. Para o advogado, não há dúvida de que o delegado faz “uso indevido da
lei e dos procedimentos jurídicos” para hostilizar L---.
O doutor Zanin e todo o petismo sustentam que L---, por imaculado, é inimputável. Investigá-lo é quase um crime de lesa
pátria. Asseguram que há um complô
da Polícia Federal, de juízes federais de Curitiba e de Brasília, da imprensa
nacional e de meia dúzia de delatores vagabundos contra o ex-presidente petista.
O exército de detratores de L--- não
para de crescer.
Embora seja inacreditável, a versão do complô é a que
mais convém ao país. L--- já é protagonista
de cinco processos judiciais. A essa altura, é mais reconfortante enxergá-lo
como vítima de um complô de
delegados, procuradores, juízes, jornalistas e delatores para converter um
personagem modelo em político desonesto
do que ter que admitir que tudo o que está na cara não pode ser uma conspiração
da lei das probabilidades contra um sujeito inocente.
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