“A farda não abafa o cidadão no peito do soldado!”.
(Gen. Osório)
Atualmente é veiculada com frequência pela mídia a afirmação de que "as Instituições de nosso país estão consolidadas e funcionando corretamente”. Por isso, ela está sempre presente em debates televisivos, em artigos e reportagens porque é dita ou escrita num contexto de temas sobre o grave e vergonhoso momento pelo qualpassa o país.
Trata-se de verdadeiro paradoxo, pois, se estão consolidadas e funcionando corretamente, a nação não estaria convivendo com o que está sendo considerado como o pior período da história nacional, onde se nota uma visível e crescente decadência moral e ética no campo interno e uma preocupante descrença externa quanto ao futuro do país.
Talvez a afirmativa seja uma advertência para possíveis atitudes extremas e aventureiras, como golpes e intervenções de qualquer natureza. Entretanto o estudo das Instituições quanto ao seu funcionamento e à sua consolidação carece de uma análise de respostas. Para quem e para quê funcionam? Estão realmente consolidadas?
No campo militar — razão maior deste artigo — os chefes militares vêm sendo questionados ultimamente por líderes políticos, empresariais, religiosos, sociais e outros segmentos da sociedade civil. Querem saber qual a posição das Forças Armadas, caso ocorra uma grave crise institucional e que soluções teriam para impedir que ela instale o caos no país. Não são "vivandeiras de quartel", mas sim personalidades que consideram as Forças Armadas um verdadeiro esteio do regime democrático a ser preservado no Brasil.
Sem exceção, os chefes militares insistem que a solução deverá vir das lideranças civis e deverá estar consoante com os princípios constitucionais. Tal atitude vem sendo adotada desde o início dos governos da Nova República. Nessas mais de três décadas, elas acompanharam a vida política do país sem qualquer interferência no processo institucional. Cumpriram e cumprem ainda um papel imprescindível.
Em todos esses anos as Forças Armadas ouviram em silêncio críticas, ofensas e inverdades de toda ordem. Ainda hoje, atribuir ao regime militar todos os males que afligem o povo brasileiro é uma praxe constante. Foi essa postura crônica e repetitiva das esquerdas brasileiras que contribuiu para que contraíssem uma doença mental, muito bem diagnosticada como sendo esquerdopatia.
Recentemente, os costumeiros esquerdopatas voltaram a se manifestar. Um general de quatro estrelas, integrante do Alto-Comando do Exército, altamente conceituado na Força, de moral e integridade inatacáveis, enumerou e analisou possíveis cenários que poderiam se concretizar em curto prazo em nosso país. Um estudo de estado-maior, oportuno e de veracidade inquestionável, apresentado para jovens militares em ambiente reservado. Com sua análise o general cumpriu um dos maiores deveres que o chefe militar tem obrigação de cumprir: o de manter seus comandados bem informados, principalmente nestas horas de total escuridão, desacertos, mentiras e degeneração política e moral do país. Em nenhum momento de seu estudo e de sua apresentação, foi observada qualquer proposta concreta ou uma simples sugestão com o objetivo de intervenção nos poderes constituídos.
No último cenário apresentado, o general, com muita propriedade, alertou que o agravamento de uma crise institucional poderia conduzir o país para uma caótica conjuntura e, nesse caso, as Forças Armadas teriam de ser empenhadas e, por isso, deveriam estar adestradas.
Foi o bastante para que esquerdopatas de plantão, a maioria conhecida pelo seu ranço ideológico e aversão aos militares, considerassem a sua análise como uma real proposta de golpe militar. Deveriam, sim, ler com mais atenção os artigos 136, 137 e 142 da Carta Magna, pois neles estão previstas as atribuições de diversos órgãos públicos, caso uma grave instabilidade institucional ocorra.
Não serão as nossas frágeis e desacreditadas Instituições que atuarão, mas, indubitavelmente, as Forças Armadas que, para tal missão, devem estar preparadas. É bom lembrar aqui palavras de Barack Obama contidas numa saudação a militares de seu país: "O que mantém o nosso sistema democrático são as nossas Forças Armadas". No Brasil, uma declaração deste teor é impossível. Os esquerdopatas considerariam um incentivo para uma intervenção militar.
O general foi exonerado do comando por orientação ministerial, por ter feito críticas relativas à incompetência, má gestão e corrupção do Poder Executivo.
O Ministro da Defesa, de formação comunista e no presente um “democrata”, bem que poderia, com essa evolução de princípios políticos, orientar os integrantes de seu partido, o PC do B. Este sim, um partido que apoia e defende organizações e falsos movimentos sociais que ainda pregam a derrubada de regimes democráticos "adolescentes”, inclusive, se necessário, com o uso da força. Tal qual o PT, também segue a cartilha do Foro de São Paulo. Os seus intelectuais gramscistas e ideólogos esquerdopatas sabem que as Forças Armadas brasileiras são a Instituição que precisa ser denegrida ou cooptada para a instalação de um regime espúrio e bolivariano no país.
Este silêncio agora imposto aos militares da ativa se enquadra neste propósito. Segundo o Foro, os militares são seres amorfos, sem personalidade, desprovidos de inteligência, alienados e cidadãos de segunda classe, que não poderão manifestar suas inconformidades com o atual estado de calamidade política, econômica e social do país.
Felizmente, existe a esperança de que os estudos de estado-maior sobre a realidade brasileira, idênticos aos do general agora exonerado, continuarão a serem realizados, como uma sólida armadura contra aqueles que desejam regimes espúrios e esdrúxulos para o Brasil. Que sejam um alerta à sociedade brasileira relativo ao crítico estado de iminente ingovernabilidade do país.
Por outro lado, vê-se com imensa decepção e tristeza a incapacidade de nossas lideranças políticas em gerir os destinos e interesses da brava nação brasileira. Para elas os seus interesses — individuais e de seus grupos — são prioritários e estão acima dos anseios do povo brasileiro. Por isso, alertar é preciso!
Gen Ex Rômulo Bini Pereira
Ex-Chefe/Estado-Maior da Defesa
Eu confio e respeito as FFAA e espero que elas não deixem o BRASIL se transformar numa Bolívia ou Venezuela.
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