A decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) de fatiar a Operação Lava Jato deve dificultar, num primeiro momento, os acordos de delação premiada. É que, no estágio atual das investigações, os procuradores exigiam que os delatores entregassem "novos mercados" em que há corrupção, e não apenas o setor de petróleo, sobre o qual o Ministério Público já detém um vasto arquivo.
O STF decidiu que informações que não tenham conexão direta com a Petrobras devem ser agora investigadas por outros procuradores e fora da jurisdição do juiz Sergio Moro. E surge a dificuldade: um magistrado só pode dar ao réu os benefícios da delação premiada depois de comprovar que as informações fornecidas por ele são reais. Como elas serão investigadas fora do Paraná, surge a dúvida de como poderão ser usadas nos processos tocados por Moro.
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