13/09/2015
No teatro da vida a farsa se faz presente. A            hipocrisia, a mentira, a simulação, a impostura, a bajulação            sempre ajudaram os vencedores da batalha da existência,            sobretudo, os dotados de retórica capaz de iludir e            convencer.
Na política, palco máximo da simulação, a            farsa conta com o poderoso auxílio da propaganda que se            sofisticou e se disseminou a través dos meios de            comunicação, especialmente, os televisivos. Porém, a            culminância da hipocrisia e do cinismo chegou ao Brasil a            bordo do governo petista, na medida em que marqueteiros            habilidosos esculpiram uma falsa imagem de L--- da Silva            apresentado como proletário pobrezinho, vítima da sociedade            de classes e depois, num passe de mágica, o transformaram em            estadista.
Na verdade, L--- é um semianalfabeto que de            pobre não tem nada, um populista ambicioso e sem escrúpulos            que venceu pela sorte e não pelo valor. Na quarta tentativa            ele chegou à presidência da República na medida em que sua            fala vulgar, rudimentar, grotesca, circense provocou o            sentimento de identidade tão caro às massas. 
Disse alguém que “a vida é a tragédia das            escolhas”. A maioria dos brasileiros escolheu L--- duas            vezes. E depois mais duas quando ele logrou colocar em seu            lugar o chamado poste. E não foram somente os pobres que o            escolheram o salvador da pátria, chancelando a tragédia que            ocorre agora no Brasil. Brahma ou Barba chegou também lá            montado no apoio dos que ele finge amaldiçoar como elites,            ou seja, banqueiros, empreiteiros, grandes empresários. E a            classe média, que a petista Marilena Chauí diz odiar,            composta por intelectuais, artistas, profissionais liberais,            professores, estudantes universitários compuseram o teor de            fé da seita PT. Jactando-se de seu socialismo requentado,            falso, atrasado, tão comum na América Latina por conta da            dor de cotovelo que se tem dos Estados Unidos, a classe            média erigiu L---ao altar da pátria e o adorou. 
Brahma ainda teve apoio de parte da Igreja            católica, das tradicionais ramificações petistas sustentados            pelo partido como a CUT, o MST, UNE e de outros ditos            movimentos sociais, além de conquistar a adesão de            instituições como a OAB.
Impressiona também o fortalecimento do PT            através do apoio constante e fiel do PSDB, especialmente de            Fernando Henrique Cardoso. Nunca houve oposição ao PT nem            nunca haverá por parte dos peessedebistas. É tanta a devoção            dos tucanos com relação a L--- da Silva, que melhor fariam            dissolvendo seu partido e entrando para o PT.
A tragédia das escolhas fortaleceu tanto L--- e seu partido que ele se imaginou capaz de fazer o que bem            quisesse. Assim, veio a enxurrada de erros na economia, a            gastança exacerbada, a corrupção desenfreada. E no primeiro            mandato da criatura, com L---  presidente de fato, foi o            tempo em que ele caprichou no amassar do pão amargo que os            brasileiros agora engolem a custo e que se tornará mais            tóxico daqui para frente com o aumento da inflação, da            inadimplência, do desemprego, dos juros, do dólar.
Como não há governo que aguente quando a            economia vai mal, movimentos populares espontâneos têm ido            às ruas para pedir a saída da governanta. Parece que só            agora foi notada sua total incompetência, sua fala            incoerente como se ela tivesse enorme dificuldade de            raciocinar, o que indica absoluta inaptidão para o cargo            presidencial, aliás, para quaisquer cargos até os mais            simples. 
O PT quebrou o Brasil e o abismo se abre aos            nossos pés, prenunciando uma via-crúcis ainda mais dolorosa            com o rebaixamento do Brasil pela Agência de classificação            de risco Standard & Poors. Perdemos o grau de            investimento e outras agências deverão fazer o mesmo com            graves consequências para nossa já combalida economia.
Diante do descalabro já existem 17 pedidos de            impeachment de Rousseff na Câmara e o mais expressivo é o do            ex-militante petista, Hélio Bicudo. O PSDB, vergonhosamente,            covardemente, se omite, se esconde, vacila e deixa para o            PMDB resolver a questão.
Enquanto isso, diabolicamente L---  vai            amassando o pão. Começou a atacar a criatura e se ela cair,            ai de quem a substituir. Será massacrado pela única coisa            que o PT sabe fazer bem: uma oposição violenta, raivosa,            intimidadora, boçal. Desse modo, L--- imagina poder voltar            em 2018, consolidando seu poder e o do PT. Resta saber se o            povo aprendeu a dura lição ou se seguirá sem medo de ser            infeliz rumo ao Socialismo do Século 21, da Venezuela, como            quer o Foro de São Paulo. O tempo dirá.
Maria Lucia Victor Barbosa é socióloga.
 
 
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