Este espaço é desaconselhável a menores de 21 anos, porque a história de nossos políticos pode causar deficiência moral irreversível.
Este espaço se resume
, principalmente, à vida de quengas disfarçadas de homens públicos; oportunistas que se aproveitam de tudo e roubam sem
punição. Uma gente miúda com pose de autoridade respeitável, que
engana o povo e dele debocha; vende a consciência e o respeito por si próprios em troca de dinheiro sujo. A maioria só não vende o corpo porque este, além de apodrecido, tem mais de trinta anos... não de idade, mas de vida
pública.


OPINIÕES PESSOAIS

domingo, 4 de janeiro de 2015

Ministros e suas condenações

   
Renato Lemos
 
  A presidente Dilma seguiu um caminho errado quando recorreu ao Ministério Público em busca de ajuda para escolher os novos ministros. Não é essa a função do Ministério Público, como foi apontado pelos que a criticaram.
 
        Para conhecer o passado dos que pretendia escolher, teria sido muito mais simples e menos burocrático pesquisar na internet. Bastaria colocar no campo de pesquisa o NOME do cidadão seguido das perguntas: DO QUE É ACUSADO? JÁ FOI CONDENADO?  Se tivesse feito isto, com apenas um clique ficaria sabendo o seguinte:
 
 
  GEORGE HILTON (PRB-MG), nomeado ministro dos Esportes em meio a críticas de atletas, foi detido no aeroporto da Pampulha em 2005 com malas de dinheiro, mais de R$ 600 mil. Naquela época era pastor da Igreja Universal do Reino de Deus. Foi expulso do DEM, partido ao qual estava filiado, porque não explicou a origem e destino do dinheiro.
 
  HELDER BARBALHO (PMDB-PA), nomeado ministro da Pesca. É filho do "ficha suja" Jáder Barbalho. Na sua folha corrida consta que responde a dois processos na Justiça Federal por improbidade administrativa quando foi prefeito de Ananindeua, perto de Belém. Numa das ações, o Ministério Público pediu o bloqueio de seus bens por comprar medicamentos e contratar serviços para Saúde de empresas fantasmas. Durante sua gestão, desapareceram R$ 1,8 milhão destinados a programas de Saúde. Houve fraude também na compra de ambulâncias. Além disso, ele é investigado por desvio de R$ 1 milhão de convênio com a Funasa para construção de esgoto que jamais saiu do papel.
 
  KÁTIA ABREU  (PMDB-TO), nomeada ministra da Agricultura, responde processo no Supremo Tribunal Federal por falsificação de selo público.  Em outra ação na Justiça é acusada de má gestão à frente da Confederação Nacional da Agricultura.
 
  EDUARDO BRAGA  (PMDB-AM), nomeado ministro das Minas e Energia, responde ações na Justiça por improbidade administrativa quando governador do Amazonas. É acusado de peculato, formação de quadrilha e fraude em licitação.
 
  JACQUES WAGNER  (PT-BA), nomeado ministro da Defesa. Um texto, que relaciona 13 escândalos em que esteve envolvido quando governador da Bahia, circula na internet e aparece nos blogs e redes sociais. Num deles, é acusado de firmar contratos sem licitação no valor de 272 milhões com uma ONG de aliado político para fornecer mão de obra à Saúde. Em outro escândalo é acusado de assinar convênio com uma ONG no valor de R$ 17 milhões para construção de unidades habitacionais que nunca foram entregues.
 
  ELISEU PADILHA (PMDB-RS), nomeado secretário da Aviação Civil. Tramita em segredo de justiça no Supremo Tribunal Federal um processo referente ao que ficou conhecido como "escândalo dos precatórios", quando Eliseu Padilha era ministro dos Transportes. Segundo as denúncias, havia um esquema de recebimento de propina por funcionários públicos com conhecimento e participação do ministro. É acusado de corrupção passiva em processo que está há mais de dez anos no Supremo Tribunal Federal à espera de julgamento.
 
  ARMANDO  MONTEIRO  (PTB-PE), nomeado ministro do Desenvolvimento, é responsabilizado pela quebra do Banco Mercantil de Pernambuco devido à prática de operações ilegais, empréstimos fraudulentos, desvio de dinheiro e uso de documentos falsos. Segundo a Procuradoria da República, o rombo no banco Mercantil chegou a mais de R$ 100 milhões. O banco foi denunciado á Justiça por conceder empréstimos a empresas ligadas ao próprio grupo Monteiro, prática proibida pelo Banco Central.
 
  GILBERTO  KASSAB  ( PSD-SP),  nomeado ministro  das Cidades.  O ex-prefeito de São Paulo foi condenado pela Justiça de São Paulo por improbidade administrativa, pelo não pagamento de precatórios judiciais previstos em lei orçamentária. A decisão é do juiz Evandro Carlos de Oliveira, da 7ª vara da Fazenda Pública da capital. O juiz determinou a suspensão dos direitos políticos de Kassab pelo prazo de três anos e proibição de contratação pelo Poder Público pelo mesmo prazo.
 
  MIGUEL ROSSETTO  (PT), nomeado secretário geral da Presidência, é suspeito de envolvimento no escândalo do Petrolão. O Tribunal de Contas da União investiga denúncias de superfaturamento na compra de duas refinarias no Sul do país pelo preço de R$ 200 milhões, quando ele esteve à frente da Petrobrás Biocombustível. Ministro do TCU afirma que o caso se assemelha ao da compra, pela Petrobrás, da Refinaria de Pasadena no Texas (EUA).
 
 CARLOS  GABAS  ( PT),  nomeado ministro da Previdência Social, é acusado de ter recebido indevidamente auxílio moradia,  de envolvimento no escândalo revelado pela Operação Porto Seguro (aquela da amante do Lula), e de ter assinado balanços para lá de suspeitos para esconder a roubalheira no Bancoop, que deixou mais de 3000 famílias sem a casa de seus sonhos. É acusado também de prestar testemunho falso para impedir realização de uma transação, caso que está sendo investigado pela Justiça de São Paulo, e de distribuir dossiês com o propósito de denegrir pessoas que faziam oposição ao seu partido.
 
  ALOIZIO MERCADANTE  (PT), nomeado ministro da Casa Civil,  foi acusado por petistas de ser o mentor do dossiê falso, montado em 2006, para prejudicar a candidatura de José Serra ao governo de São Paulo. O caso, conhecido como o "Escândalo do Dossiê" ou "Dossiê dos Aloprados", foi desbaratado pela Polícia Federal com prisão da quadrilha e  apreensão de dinheiro de "origem desconhecida" que seria usado para pagamento dos autores da farsa. A Polícia Federal chegou a indiciar Mercadante, mas o caso, graças à impunidade de sempre, acabou arquivado...
                                  
  CID  GOMES  (PROS), nomeado ministro da Educação,  é acusado pelo ex-diretor da Petrobrás de envolvimento no escândalo do Petrolão. Ele negou a denúncia, divulgada pela revista IstoÉ, e solicitou à Polícia Federal e ao Supremo Tribunal Federal que se manifestassem para isentá-lo de envolvimento no escândalo. O processo sobre o Petrolão já não corre mais em segredo de justiça por decisão do STF, mas não houve até agora manifestação da PF e STF desmentindo a IstoÉ.
 
  RICARDO  BERZOINI  (PT), nomeado ministro das Comunicações, é acusado de envolvimento no "Escândalo do Dossiê" ou "Dossiê dos Aloprados, o dossiê falso montado em 2006 para prejudicar a candidatura de José Serra ao governo de São Paulo. Quando o escândalo veio a público, foi afastado da coordenação da campanha de Lula à Presidência.
 
  EDINHO ARAÚJO  (PMDB)  nomeado secretário dos Portos,   foi condenado em dezembro de 2012 por improbidade administrativa quando prefeito de São José do Rio Preto. O Tribunal de Justiça de São Paulo cassou seus dieitos políticos por cinco anos.

 

  PEPE VARGAS  (PT), nomeado ministro das Relações Institucionais, é acusado de envolvimento no escândalo do Pronaf no Rio Grande do Sul. Esse escândalo estava sendo investigado pela Polícia Federal pela Operação Colono, mas foi sustada por ordem de Brasília antes das eleições de outubro. É um escândalo de grandes proporções. Centenas de pequenos agricultores gaúchos foram executados pelo Banco do Brasil, lesados por políticos que fizeram empréstimos fraudulentos no âmbito do Pronaf. Os políticos  usaram o dinheiro para suas campanhas e os  agricultores. que nunca viram o dinheiro, foram cobrados pelo banco.

 
 
 
   Diante desse resultado em que folha corrida vale como currículo, quem espera moralização dos costumes políticos e o fim da corrupção e impunidade só pode sentir revolta e desprezo pelo governo que  aí está. O Planalto não passa de um balcão de negócios - e que negócios!...- onde atuam, de um lado, o oportunismo, a irresponsabilidade e cumplicidade criminosa de quem governa e deveria estar na Papuda e, do outro, uma malta de políticos cevados na corrupção e roubalheira e escudados pela impunidade que impera no país.
 
   E para completar, temos a nossa Justiça que condena e deixa mofar na cadeia os ladrões de galinha enquanto permite que políticos ligados ao crime organizado, quando condenados - coisa muito rara! -, cumpram pena em casa, livres para ir aonde quiserem, fazer negócios como bem entenderem, assessorar empresas envolvidas em escândalos, viajar, ir à praia e até confabular com a presidente nos arcanos do Planalto!
 
   É o Brasil que temos e que não deveria existir !!!... 
 
 

Daqui a pouco a Esplanada dos Ministérios

será um verdadeiro Presídio. 




O padrinho prisioneiro
O segundo mandato de Dilma começa hoje com um fato bastante inusitado, mesmo para um país que coleciona episódios surpreendentes como o Brasil. Após a posse, a presidente assinará a nomeação de um ministro cuja indicação foi tramada meses atrás, ainda na campanha, numa penitenciária.
Novo titular dos Transportes, pasta com um orçamento na casa dos R$ 20 bilhões, Antonio Carlos Rodrigues (PR-SP), o Carlinhos, chega ao cargo por vontade do mensaleiro Valdemar Costa Neto, o Boy, que até pouco tempo atrás dormia no Centro de Progressão Penitenciária de Brasília --em novembro, o ex-deputado ganhou o direito de cumprir em casa o resto de sua pena.
 
Descontente com a atuação de César Borges, então ministro, Valdemar pressionou a presidente, por meio de sua bancada na Câmara, a trocá-lo por Carlinhos ou pelo deputado Edson Giroto (PR-MS). Como Dilma recusou, ele articulou a divulgação de um manifesto público do partido pedindo o "Volta, L---". O texto dizia que "o momento de crise reivindica (...) o brilho de L--- no comando da nação".
 
Dilma não apenas continuou a bater o pé como passou a chamar Borges publicamente de o "melhor ministro dos Transportes". O PR, então, começou a negociar o apoio à candidatura de Aécio. No dia 24 de junho, Carlinhos declarou que Borges não representava o partido, do qual é secretário-geral. Dilma capitulou e, no dia seguinte, demitiu "o melhor ministro", com o compromisso de nomear no segundo mandato o apadrinhado de Valdemar.
 
O novo ministro, que entrou na política pelo malufismo e se diz "temperamental" ("Não é fácil trabalhar comigo"), já defendeu o nepotismo ("Contrataria meus três filhos se eles não estivessem bem empregados"). Carlinhos costuma citar as lições que aprendeu com o avô: "Ele sempre dizia: A oportunidade é careca, a gente tem de agarrar com as duas mãos [senão escorrega]"". Dilma que se cuide.







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