Este espaço é desaconselhável a menores de 21 anos, porque a história de nossos políticos pode causar deficiência moral irreversível.
Este espaço se resume
, principalmente, à vida de quengas disfarçadas de homens públicos; oportunistas que se aproveitam de tudo e roubam sem
punição. Uma gente miúda com pose de autoridade respeitável, que
engana o povo e dele debocha; vende a consciência e o respeito por si próprios em troca de dinheiro sujo. A maioria só não vende o corpo porque este, além de apodrecido, tem mais de trinta anos... não de idade, mas de vida
pública.


OPINIÕES PESSOAIS

sábado, 31 de outubro de 2015

VENDEM-SE ESCUDOS!

Tragédia anunciada

A ideia ingênua é que se o Estado não consegue garantir a segurança das pessoas,
o cidadão armado garantirá a segurança de sua família. Nada mais equivocado 
Daniel Cerqueira

Na Câmara dos Deputados, está se urdindo a aprovação de um projeto de lei (PL) que visa desmantelar o Estatuto do Desarmamento, uma lei que ajudou a salvar milhares de vidas pelo Brasil afora. Entre outros elementos, propõe-se que cada cidadão possa adquirir até seis armas de fogo e portá-las nas ruas.
 
O apelo à aprovação deste PL surge no rastro da sensação de insegurança  (1) que atormenta as famílias brasileiras  . Neste cenário, a ideia ingênua é que se o Estado não consegue garantir a segurança das pessoas, o cidadão armado garantirá a segurança de sua família. Nada mais equivocado, de acordo com as evidências científicas.
 
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Várias pesquisas internacionais mostraram que o risco de alguém sofrer homicídio ou suicídio (2) em um domicílio onde haja arma de fogo é cerca de três vezes maior. Os professores das Universidades de Chicago e de Duke, Ludwig e Cook, demonstraram não apenas o efeito da difusão das armas de fogo para fazer aumentar os homicídios, mas desconstruíram o mito de que os criminosos seriam dissuadidos a cometer crimes pelo cidadão armado. Pelo contrário, eles verificaram que a arma de fogo dentro do lar está associada a uma maior probabilidade de roubos. Numa pesquisa publicada pelo Instituto Brasileiro de Ciências Criminais (IBCCRIM), apurou-se que as chances de um cidadão armado que foi vítima de roubo ser assassinado é 56% maior do que a vítima desarmada.
 
Se no plano individual a posse da arma de fogo, em vez de garantir a segurança, confabula a favor de um maior risco de vitimização fatal do seu dono e familiares, existem ainda as consequências sociais da corrida armamentista, que ocorrem por dois caminhos. Em primeiro lugar, milhares de homicídios são ocasionados por conflitos interpessoais, entre os quais brigas de bar, no trânsito etc. Muitas vezes, é justamente o cidadão comum que, num momento de raiva, com uma arma de fogo na mão, mata o outro e assim desestrutura duas famílias, a sua própria e a do morto. Em segundo lugar, quanto mais armas houver no mercado legal, mais roubos e extravios ocorrem, que ajudam a irrigar o mercado ilegal e fazem com que o preço das armas diminua aí, permitindo que os criminosos mais desorganizados (e perigosos) tenham acesso a esse instrumento. De fato, pesquisa do Instituto Sou da Paz com o Ministério Público de São Paulo mostrou que 38% das armas apreendidas pela polícia, envolvidas em casos de homicídios ou roubos, haviam sido registradas.
 
Três teses de doutorado em Economia da FGV, PUC e USP encontraram resultados inequívocos (3) : quanto maior a difusão de armas de fogo, maior a taxa de homicídios. No Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), fizemos vários estudos sobre o tema e concluímos que a cada 1% a mais de armas nas cidades, a taxa de homicídios aumenta 2%. Mostramos, ainda, evidências de que o Estatuto do Desarmamento ajudou a salvar milhares de vidas desde 2004.
 
Contudo, o controle responsável das armas de fogo no país, ainda que seja um elemento crucial a favor da segurança de todos, não é uma panaceia. Há que se avançar muito para termos um Sistema de Justiça Criminal mais eficiente. Por outro lado, temos que investir seriamente nas nossas crianças e jovens, de modo que o menino de hoje não seja o bandido de amanhã. Muito resta a fazer. A miséria da segurança no Brasil nasce quando as leis são feitas sem levar em conta as evidências empíricas e o conhecimento acumulado na academia científica, como é o caso da proposição a um passo de ser aprovada na Câmara dos Deputados.



 
Vamos inverter a ordem, como já é de praxe nesse brasil varonil, afundado pelo PT que o pariu e começar pelo número 3, ao invés de começar pelo número 1: 
3 - ao comentar ter feito 3 teses de doutorado em Economia em três faculdades, o escritor do texto acima, embora sua intenção possa não ter sido essa, deixa muita gente de acordo  com suas opiniões por vê-lo como um ser sapientíssimo, com idéias indiscutíveis, o que não é verdadeiro. 
 
2 - ao menos nessa  parte ele tem toda razão: imagine se você se visse desempregado, tendo votado na presidentA que anda pela aí , e , pior ainda, tivesse vendido os dólares que tinha até o início do ano para comprar ações da Petrobrás!   Só  mesmo o suicídio poderia resolver seu arrependimento!  Apesar de que você poderia cometer o suicídio com uma faca pega na cozinha, abrindo o gás no fogão e colocando a cara lá dentro ou até voando feito um pássaro do andar onde mora.  Mas não,  só com um revólver seria capaz de cometer um suicídio!
 
1 - Insegurança :  hoje só os bandidos andam armados.  As pessoas de bem estão desarmadas e a cada dia mais preocupadas com quem saiu de casa e não sabe se vai voltar. São os assaltos que mais nos atormentam.  Daqui a pouco, quanto maior o número de gente desempregada, veremos lojas vendendo escudos  porque não temos como nos defender.  Para tornar a situação ainda mais estranha, vemos diversas casas e prédios protegidos por trás de grades (de  proteção) enquanto os bandidos soltos nas ruas.   Não é à toa que existe um parágrafo no projeto que permite aos parlamentares andarem armados. 
 
 
SE O DESARMAMENTO PODE AUMENTAR NOSSA INSEGURANÇA,
ENTÃO NOS DÊEM ESCUDOS.
 
 
 
 
 

 

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